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"Efeito" Eike Batista

Conheça as histórias de bilionários que perderam tudo

BBC Brasil
08 ago 2013 às 10:09

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- Divulgação
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Em apenas 16 meses, a fortuna pessoal do empresário brasileiro Eike Batista passou de US$ 34,5 bilhões para US$ 200 milhões, segundo a agência Bloomberg.

Mas Eike não foi o único bilionário que viu seus cofres se esvaziarem na velocidade de um jatinho executivo nos últimos anos.

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Após experimentarem uma vida de luxo e conforto inimaginável para 99,9% da humanidade, super-ricos de outros países tiveram quedas ainda mais duras que as do magnata brasileiro.

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Alguns chegaram a ter a falência decretada. Outros, terminaram atrás das grades. Confira abaixo a história de três desses ex-bilionários:

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Sean Quinn, Irlanda


Proveniente de uma família humilde do condado irlandês de Fermanagh, Quinn abandonou a escola aos 14 anos. Ele começou a ganhar dinheiro com uma pedreira na fazenda de sua família e em quatro décadas construiu um conglomerado que ia do ramo de seguros a fabricação de cimento.

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Em 2007, era o homem mais rico da Irlanda, com uma fortuna estimada em US$ 6 bilhões, mas perdeu tudo ao apostar parte de sua fortuna em uma jogada financeira que lhe daria 25% do banco Anglo, o mais atingido pela crise econômica na Irlanda.


O Anglo terminou sendo nacionalizado em 2009, recebendo bilhões em aportes do governo irlandês. E Quinn teve a falência decretada em 2011.

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Hoje, segundo o Irish Banking Resolution Company (IBRC), o ex-bilionário teria dívidas de US$2 bilhões, embora ele conteste tal valor na Justiça.


No ano passado, um de seus cinco filhos e seu sobrinho foram condenados a três meses de prisão por tentar esconder do IBRC - novo controlador do império empresarial dos Quinns – uma série de ativos da família.

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Quinn passou nove semanas na prisão entre o fim do ano passado e início deste ano pelo mesmo motivo.


Mas em seu país o ex-magnata ainda divide opiniões. Os que o defendem lembram que ele ajudou a criar "milhares" de empregos na Irlanda e alegam que teria sido um "bode expiatório" para executivos do mercado financeiro envolvidos na crise do Anglo.

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Allen Stanford, Estados Unidos


O texano Allen Stanford construiu sua fortuna no setor imobiliário nos EUA no início dos anos 80. Em 1985, ele abriu o Stanford Financial Group – instituição financeira que chegou a administrar ativos de mais de US$ 30 bilhões, de clientes de 140 países.

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Após mudar-se para o Caribe, Stanford tornou-se cidadão de Antígua e Barbuda de quem recebeu o título de "Sir". Ele chegou a ser o segundo maior empregador do arquipélago, depois do governo, e em 2008 teve sua fortuna pessoal estimada em mais de US$2 bilhões.


A queda do bilionário foi precipitada em 2009 por um escândalo desatado por acusações de fraude contra seu banco. Stanford foi detido e, em junho do ano passado, terminou condenado a 110 anos de prisão.


A conclusão das investigações é que ele teria desviado US$ 7 bilhões de seus clientes em um período de duas décadas, no que foi descrito como um dos maiores esquemas de fraude da história dos EUA. O titulo de "Sir" foi anulado.

Bjorgolfur Gudmundsson, Islândia

Após ser condenado por fraude nos anos 90, quando era executivo de uma companhia de navegação, Bjorgolfur mudou-se da Islândia para a Rússia onde montou uma cervejaria de relativo sucesso, que acabou sendo vendida para a Heineken.


De volta a seu país, ele conseguiu, junto ao filho Thor, uma grande participação no segundo maior banco da Islândia, o Landsbanki, então em processo de privatização.


A fortuna de Bjorgolfur se multiplicou com os negócios do banco e, nos tempos de bonança, ele comprou um time de futebol inglês – o West Ham.


Bjorgolfur chegou a ser o segundo homem mais rico de seu país – com uma riqueza pessoal estimada em US$ 1,1 bilhão, em março de 2008. Thor, seu filho, era o primeiro.


O magnata foi, porém, uma das vítimas da crise financeira global, que teve um grande impacto sobre o sistema bancário islandês.


Já em dezembro de 2008 a estimativa da Forbes era de que a fortuna do islandês havia caído para zero.

No ano seguinte, Bjorgolfur decretou falência e acabou tendo de vender o West Ham. Thor, porém, continuou entre os mais ricos da Islândia.


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