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Salário dos trabalhadores

Consumidor paga mais caro pelo gás de cozinha

Andréa Bertoldi/Folha de Londrina
02 set 2010 às 09:27

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O gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, fica mais caro para o consumidor nesta semana. O aumento médio deve ser de 3% o que vai representar de R$ 1,00 a R$ 1,50 no preço final do botijão de 13 Kg. O motivo é o reajuste dos salários dos trabalhadores do setor que têm data-base em setembro e reivindicam o INPC (Índice Nacional de Preços) do período (4,44%) mais 5% de aumento real.

O repasse das distribuidoras de gás para as revendas começou ontem. O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Paraná (Sinregás-PR), José Luiz Rocha, disse que como as revendas normalmente trabalham com pouco estoque, o reajuste deve chegar ao consumidor de imediato. Segundo levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do botijão em Curitiba era de R$ 35,98 na última semana de agosto, mas variava de R$ 34,00 a R$ 38,00. Londrina praticava preço médio de R$ 40,41, mas os preços oscilavam entre R$ 40,00 e R$ 41,00.

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Rocha acredita que o mercado não deve repassar o aumento de forma igual, ou seja, o reajuste pode ficar um pouco abaixo ou acima de 3%. Mas, prevê que todas as revendas elevem o preço para o consumidor.

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A previsão dele é que o acordo salarial dos trabalhadores esteja concluído até 15 de setembro. Hoje, o Paraná conta com 2.200 revendas autorizadas, mas Rocha estima que, para cada loja regular existam duas clandestinas. Ele alerta o consumidor a procurar revendas legalizadas, além de pesquisar preços antes de comprar.

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O Sindicato das Distribuidoras de Gás (Sindigás) esclareceu, por meio de nota, que os preços do GLP são livres em todos os elos da cadeia. Não há tabelamento e, por isso, os valores sofrem variações para cima e para baixo de maneira não uniforme.


Ainda segundo a nota, as distribuidoras associadas não reportam ao Sindigás qualquer aumento ou baixa de preço. A entidade ainda informou que ocorrerá um reajuste inevitável de custos para as distribuidoras com a elevação dos salários dos trabalhadores, o que poderá levar a um ''eventual impacto na formação dos preços ao consumidor final''.

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No entanto, o Sindigás esclareceu que não há qualquer indicativo de aumento de preços generalizado. Como o mercado tem autonomia para fixar seus preços, cabe ao consumidor pesquisar aquele revendedor que tem condições comerciais mais vantajosas.


Preço médio do GLP nas


últimas quatro semanas
Período Curitiba Londrina
1º a 8/8 R$ 36,02 R$ 40,41
8 a 14/8 R$ 36,08 R$ 40,44
15 a 21/8 R$ 36,07 R$ 40,42
22 a 28/8 R$ 35,98 R$ 40,41

Fonte: ANP


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