A Copel assina nesta quinta-feira (15) os contratos de concessão de dois dos quatro blocos para exploração de gás natural arrematados no leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em novembro. A cerimônia será na sede da entidade, no Rio de Janeiro.
O investimento do consórcio integrado pela Copel e outras três empresas será de cerca de R$ 100 milhões na primeira fase da exploração, com duração de quatro anos, na qual serão aprofundados os estudos para identificar a capacidade de produção dos blocos. Caso apresentem potencial comercial, a produção pode se estender por 27 anos.
"A assinatura das concessões marca efetivamente a estreia da Copel na exploração de gás natural, buscando reverter o grande potencial de produção na nova fronteira da Bacia do Paraná em benefícios para os paranaenses e desenvolvimento do setor produtivo do Estado", afirma o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer.
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PRODUÇÃO – A assinatura dá início ao prazo de concessão para estudo e prospecção do potencial de produção dos blocos 300 e 309, que somam uma área total de 6 mil quilômetros quadrados nas regiões de Pitanga e Guarapuava, na Bacia do Paraná.
"São blocos que já apresentam reservas conhecidas de pequeno porte, e onde pretendemos realizar perfurações mais profundas para identificar reservas com potencial comercial", afirma Jonel Iurk, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel.
Os outros dois blocos a serem explorados, por se localizarem a menos de 150 quilômetros da fronteira, terão suas concessões assinadas em 5 de junho, após análise pelo Conselho de Defesa Nacional. Ambos apresentam indícios do chamado gás não-convencional, ou "shale gas", mas sua exploração ainda demandará estudos mais aprofundados de viabilidade econômica e ambiental, por exigir a aplicação da técnica de fraturamento hidráulico ("fracking") das rochas para obtenção do gás.
RESPONSABILIDADE – As estratégias de aplicação do gás explorado ainda estão sendo avaliadas, explica Zimmer, e dependem do volume de gás encontrado. "Ele pode tanto ser canalizado para suprimento a polos industriais, com distribuição da Compagas, ou servir de combustível a usinas térmicas junto aos poços, incrementando o parque gerador da Copel", afirma o presidente. "Nossa certeza é que, independente do volume encontrado, a exploração do gás se pautará pela responsabilidade técnica e ambiental que a Copel historicamente imprime em todos os seus empreendimentos".