A Copel teve em 2005 o maior lucro líquido da sua história, fechando o ano com um saldo positivo de R$ 502,4 milhões – resultado 34% superior aos R$ 374,2 milhões apurados no exercício anterior.
O resultado foi considerado "bastante expressivo" pelo presidente da Companhia, Rubens Ghilardi, que vê nesses números "uma demonstração muito clara de que a estatal vem se recuperando dos equívocos praticados durante a tentativa de privatização, além de haver superado os problemas originados pelos contratos lesivos de compra de energia firmados na gestão anterior".
Ghilardi também destacou que, nos três anos do governo Roberto Requião, a Copel saiu de um prejuízo, em 2002, de R$ 320 milhões, acumulando nos anos seguintes lucros superiores a R$ 1 bilhão: R$ 171 milhões em 2003, R$ 374 milhões em 2004 e R$ 502,4 milhões em 2005.
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O balanço da Copel informa que a receita operacional líquida atingiu R$ 4,85 bilhões em 2005, com aumento de 23,6% em relação ao ano anterior. Essa elevação é resultado de um crescimento de 3,6% no consumo de energia associado ao repasse parcial de índices de reajuste autorizados pela Aneel e à queda nos níveis de inadimplência, que em maio de 2003 correspondia a 5,4% da receita e que estava reduzida a 1,8% em dezembro.
O Lajida da empresa (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, número bastante considerado pelo mercado) fechou em R$ 1 bilhão 149 milhões, um crescimento de 26,1% sobre o do ano anterior (R$ 910,5 milhões). A rentabilidade sobre o patrimônio líquido chegou a 10,1% ao ano.
O lucro operacional (R$ 728 milhões) foi 21,2% maior que o registrado em 2004 enquanto as despesas operacionais – de R$ 4,034 bilhões – cresceram 21,4%. Tal elevação reflete principalmente aumento de 49% no item "energia comprada para revenda", conseqüência da implantação do sistema de pool que comercializa centralizadamente, em sistema de leilão, toda eletricidade produzida no país.
Informações da AEN