Nesta quarta-feira, durante a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) antes das eleições, os integrantes do Comitê decidiram, por unanimidade, reduzir a Selic - a taxa básica de juros da economia - em 0,5 ponto porcentual, como já era previsto pelos analistas. Com isso, o juro, que estava em 14,25%, foi para 13,75% ao ano. A taxa ficará neste patamar até a próxima reunião do Copom, a última do ano, que acontece nos dias 28 e 29 de novembro. As informações são do estadao.com.
As decisões sobre a taxa Selic têm como objetivo o controle da inflação, dentro do sistema de metas. Com juros mais altos, a demanda fica reprimida e a tendência é a queda dos preços. Com o controle da inflação, a tendência, portanto, é de queda dos juros.
A política monetária tem sido eficiente no controle da inflação. Neste ano, a meta é de 4,5%, com margem de oscilação de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. A última pesquisa Focus do Banco Central aponta que uma expectativa dos analistas de que a inflação fique em 3% em 2006. Ou seja, abaixo do centro da meta de inflação, mas dentro da margem de oscilação.
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Desde setembro do ano passado, com o controle da inflação, a Selic já foi reduzida em 6 pontos porcentuais. Foram três cortes de 0,75 ponto porcentual; sete de 0,5 e um de 0,25.
Apesar da queda da Selic, o Brasil continua líder do ranking mundial de juro real (taxa nominal descontada a inflação). Para deixar a liderança do ranking, o Copom teria de reduzir a Selic em 3,75 pontos, o que resultaria num juro real de 6,2%, igual ao da Turquia. Leia mais sobre o assunto no link ao lado.