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Juros em queda

Copom reduz taxa básica de juros a 16,5% ao ano

Agência Brasil
08 mar 2006 às 21:36

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Brasília - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu em 0,75 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic), que valerá para os próximos 45 dias. A taxa passou de 17,25% ao ano para 16,5% ao ano. Desde setembro de 2005, quando começou o processo de redução, a taxa já teve queda de 3,25 pontos percentuais.

Na nota divulgada à imprensa, o BC afirma que "dando prosseguimento ao processo de flexibilização da política monetária, iniciado na reunião de setembro de 2005, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 16,50% ao ano, sem viés, por 6 votos a favor e 3 votos pela redução da taxa Selic em um ponto percentual".

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Embora alguns analistas apostassem na redução da taxa em um ponto percentual, o mercado já esperava que o Copom repetisse a decisão da última reunião, em janeiro, de reduzir a taxa em 0,75 ponto percentual. "A postura do Banco Central tem sido conservadora e, no momento, existem indícios de que a queda da inflação nos últimos meses foi associada à queda do câmbio. Como não há mais espaço para uma queda mais acentuada do dólar, o Banco Central está preocupado com a inflação", comenta o consultor Raul Velloso.

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Já a economista do Real ABN Amro, Tatiana Pinheiro, disse acreditar que o Banco Central deve ser cauteloso porque, "embora todos os indicadores sejam favoráveis à continuidade da flexibilização dos juros, estando no começo do ano, o Banco Central precisa da cautela para administrar a política monetária e conseguir chegar ao fim do ano com boa administração nos juros e nos preços".

A expectativa do mercado é que, até o fim do ano, a taxa fique em 14,5% ao ano. A ata da última reunião, divulgada no dia 26 de janeiro já dava sinais de que o Copom manteria cautela na reunião iniciada ontem (7). "O Copom reafirma que continuará conduzindo suas ações de forma a assegurar que os ganhos obtidos no combate à inflação até o momento sejam permanentes. Para tanto, acompanhará com atenção, nos próximos meses, a evolução da inflação e das diferentes medidas do seu núcleo, discriminando entre reajustes pontuais e reajustes persistentes", dizia a ata.


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