A Cosan Alimentos, braço de varejo da Cosan S.A., detentora das marcas União e Da Barra, deve ficar fora da joint venture (associação) a ser formada por Cosan e Shell. A afirmação é do diretor Financeiro da Cosan, Marcelo Martins, que participou hoje de reunião com analistas e investidores na Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo (Apimec-SP).
Segundo ele, a questão é delicada e ainda precisa se analisada, mas existe uma tendência do negócio de varejo ficar fora da nova empresa resultante da fusão. Como a produção de açúcar e álcool ficará dentro da joint venture, neste caso a Cosan Alimentos compraria o açúcar refinado produzido por ela.
O volume de açúcar cristal, refinado, orgânico, light e demerara, além da linha de matinais que a Cosan produz para o varejo atinge o total de 620 mil toneladas por ano. "A avaliação de quanto isso vale ainda não foi concluída, por isso, não chegamos a uma decisão sobre o destino da Cosan Alimentos", disse Martins.
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O executivo afirmou que, se a Cosan Alimentos for incluída na joint venture, a Cosan S.A vai licenciar as marcas de varejo para que a empresa resultante da fusão possa utilizá-las. Por isso, seria mais prático ela ficar fora do negócio. A decisão terá que ser tomada antes do fim de março do próximo ano, quando a união entre as duas empresas será concluída.