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Desafio de Mantega

Crediário puxará crescimento econômico em 2007

Heloísa Prado - Bonde
22 out 2006 às 09:57

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O governo e a oposição apostam todas as fichas de que o carnê de crediário será a força impulsionadora do crescimento em 2007. Os juros mais camaradas e a comida barata, na avaliação dos dois lados, continuarão animando a venda de eletrodomésticos, automóveis, imóveis e outros bens, mantendo as engrenagens da produção nacional em funcionamento. Tanto um como outro concordam que o consumo dos brasileiros será o centro do crescimento, mas há divergências quanto à força que isso terá para puxar para cima o Produto Interno Bruto (PIB).

Por isso, enquanto o ministro da Fazenda, Guido Mantega, espera um crescimento de 5%, o economista José Roberto Mendonça de Barros, que tem contribuído nas discussões da equipe do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, acha que 3% é um número mais realista, embora até generoso. No meio-termo, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) projeta expansão de 3,6%, segundo informou o diretor de Estudos Macroeconômicos, Paulo Levy.

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''Estou desafiando alguém a me dizer algum aspecto que poderia impedir nosso crescimento no ano que vem'', diz Mantega. ''Mas tem de ser uma coisa concreta, não imaginária. Eu não vejo nada.''

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Mendonça de Barros, que já foi secretário de Política Econômica no governo Fernando Henrique Cardoso, acha que os 5% de Mantega são apenas um desejo. ''É uma fuga para frente. Como este ano vamos crescer pouco, eles prometem o espetáculo no ano que vem. Nosso crescimento não será nem parecido com 5%, o ministro está fazendo uma afirmação voluntariosa.''

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Para Mantega, só os últimos cortes na taxa de juro, como o de 0,5 ponto na semana passada, já vão garantir para 2007 desempenho melhor do que o deste ano. Segundo ele, quando o Banco Central reduz o juro, os efeitos na economia real só aparecem em cerca de seis meses. Por isso, 2007 será beneficiado pelos cortes deste ano.


Crediário - O juro baixo vai impulsionar o consumo de pessoas e empresas pelo crediário. Esse movimento será ajudado pelo fato de as pessoas terem mais dinheiro disponível. ''O rendimento médio cresceu 3,5% no acumulado do ano, temos uma expansão da massa salarial de 6,5%'', diz Levy. Ele lembrou, ainda, que o preço dos alimentos está mais barato. ''Isso libera o poder de compra das pessoas.''


O ministro acredita que, com o aumento do emprego e da massa salarial, o mercado consumidor continuará forte e as empresas se sentirão estimuladas a investir.

Mendonça de Barros vê alguns problemas nesse raciocínio. Ele concorda que o juro baixo pode estimular o consumo via crediário, mas alerta: a ânsia consumista tem sido atendida por produtos importados, principalmente da China. É o que ele chama de ''vazamento'' do mercado interno brasileiro: a ocupação de espaços pelos importados.


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