Os balanços corporativos das construtoras brasileiras referentes ao segundo trimestre deste ano evidenciam que o segmento de baixa renda tem ficado cada vez mais importante para os negócios no mercado imobiliário. Parte desse resultado pode ser atribuído a programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida.
Segundo a Cyrela, por exemplo, as vendas da Living Construtora – braço da companhia voltado à baixa renda – responderam por 35,2% do valor geral de vendas, totalizando R$ 396,5 milhões – um crescimento de quase 70% em relação ao ano passado.
Até o dia 30 de junho, haviam sido submetidos pela Living quase 40 mil unidades ao programa. Metade desse total foi contratada para financiamento na CEF (Caixa Econômica Federal) e 4,4 mil já foram repassadas aos clientes.
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Já a Gafisa, que centraliza na Tenda suas operações para essa classe, afirma que focou seu plano de negócios no trimestre que encerrou para melhorar a postura mais agressiva de vendas e lançamentos para a segunda metade do ano, em linha com a forte demanda no setor de baixa renda.
No segundo trimestre, enquanto 45% dos lançamentos da Gafisa foram com preço inferior a R$ 500 mil, quase 75% dos lançamentos da Tenda foram de unidades com preço inferior a R$ 130 mil. A média de preços da Tenda foi de R$ 109 mil no período.
"Os lançamentos da Tenda, que representaram 29% do total do trimestre, já atingiram entre 30% e 35% dos lançamentos estimados para o ano no semento de baixa renda. Isso ocorre devido à maior concentração esperada na segunda metade do ano", afirma a companha, em comunicado.
O segmento de baixa renda também tem sido estratégica para a Tecnisa. A Linha Flex foi responsável por 51% dos lançamentos da construtora no trimestre que encerrou em junho. "A linha Tecnisa Flex deverá corresponder a 50% do volume de lançamentos nos próximos três anos", adiantou a companhia.