O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou que é "uma ideia muito boa" ver uma autoridade brasileira dirigindo uma instituição de peso internacional como o FMI. "Isso não é só possível, como poderá ser o caso no futuro", afirmou, embora tenha ressaltado que a instituição tem muitos países membros e diversos deles poderão se candidatar à sua liderança.
Kahn destacou que hoje o Brasil está desenvolvendo dois papéis importantes no mundo. "Um deles é o econômico, pois o Brasil, como país emergente, tem um papel crescente", comentou. Kahn participou hoje do 6º Fórum Globonews, em São Paulo.
Questionado pelo Grupo Estado sobre se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria um bom nome para o cargo, Strauss-Kahn respondeu com bom humor. "Eu não acredito que ele postule essa posição."
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Um outro papel é a liderança política, dado que o presidente Lula ganhou grande expressão internacional nos últimos dois anos, especialmente junto ao G-20, a partir da deflagração da crise financeira internacional. Kahn ressaltou que a liderança desempenhada por Lula partiu da confiança que o presidente desfruta em nível mundial, o que está relacionado com a sua personalidade. Nos meios políticos, analistas internacionais apontam que Lula possui um perfil conciliador que estimula o diálogo e toma decisões com grande dose de bom senso.