O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 6,1% em 2007 em relação ao ano 2006, alcançando a maior expansão em 23 anos. O maior percentual era de1986, quando teve a economia avançou 7,5%. Os dados foram divulgados hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresentou a revisão do PIB, calculado preliminarmente em 5,7%.
Com a revisão, o PIB alcançou R$ 2,661 trilhões em valores correntes. A principal contribuição para o crescimento veio do consumo das famílias (6,3%) e dos gastos dos governos (5,1%). O taxa de investimentos das empresas (máquinas, novas unidades) passou a representar 17,4% do PIB, acima dos 16,4% de 2006.
Os dados refletem o bom momento da economia no período anterior à crise internacional de 2008, que provocou uma forte freada no crescimento do PIB brasileiro. O coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, disse que os dados agora são definitivos e incorporam pesquisas consolidadas dos núimeros da economia do país. "Fizemos uma revisão em tudo. Não tem como apontar um único fator", esclareceu.
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Entre as famílias, as despesas foram influenciadas pelo aumento da formalização do trabalho, dos salários e do acesso ao crédito. Os governos, por sua vez, se beneficiaram da expansão da arrecadação de impostos.
Houve aumento de 1,6% da ocupação no mercado de trabalho entre 2006 e 2007, o que representou 1,5 milhão de novos empregos. A remuneração dos trabalhadores teve alta de 13,1%.
Na revisão, o setor de serviços que inclui o comércio e responde por dois terços do PIB teve o valor de participação corrigido de 5,4% para 6,1%. A indústria, puxada pela atividade de transformação, avançou de 4,7% para 5,3%. Por outro lado, a agropecuária teve os dados revisados para baixo, marcando recuo de 5,9% da estimativa preliminar para 4,8%.
Segundo o IBGE, a agropecuária representou 5,6% da economia do país em 2007 e registrou um crescimento menor na lavoura do algodão, de cana de açúcar e criação de bovinos. Influenciou positivamente o acréscimo de 22,2% na produção de milho.