Uma nova tecnologia, que pode aumentar a produção de etanol, está sendo desenvolvida pela Universidade Federal do Ceará (UFC). O estudo é de pesquisadores do Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec), coordenados pelo professor Afrânio Aragão Craveiro.
De acordo com Aragão Craveiro, a pesquisa utiliza organismos obtidos a partir de carapaças de crustáceos, que atuam no processo de fermentação do caldo de cana, aumentando o seu rendimento.
Na avaliação do pesquisador, o aumento da eficiência da produção de etanol, por meio da chamada imobilização de leveduras, evitaria em pelo menos 5% a expansão da atual área plantada de cana-de-açúcar.
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Aragão Craveiro explicou que o projeto da UFC inovou ainda ao usar carapaças de camarão, lagosta e caranguejo, consideradas fonte de poluição ambiental. "Então, estamos transformando aquilo que é lixo e poluente em um produto de alto valor agregado e benéfico para o país. É transformar lixo em lucro", avaliou.
O projeto conta com apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social no montante de R$ 1,4 milhão. De acordo com o professor, o compromisso assumido com o BNDES para a concessão do financiamento é de que essa tecnologia fique disponível a quem estiver interessado em adquiri-la. "Não vamos dar exclusividade para nenhuma empresa. Nem mesmo para a empresa que está entrando com a contrapartida de 10%", concluiu.