A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de setembro com alta de 0,45%. O resultado, divulgado hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou bem acima da taxa do mês anterior, quando foi registrada elevação de 0,04%. No ano, o índice acumula aumento de 3,60% e nos últimos 12 meses, de 4,70%. Entre as 11 capitais pesquisadas, de janeiro a setembro, Curitiba foi a cidade que registrou maior alta do IPCA: 4,22%, acima, portanto da média nacional de 3,60%.
Em setembro, a inflação em Curitiba ficou em 0,36%, segundo o IBGE. Índice menor do que em agosto, quando a alta do IPCA foi de 0,64%.
O aumento do índice de inflação nacional em setembro foi puxado pela alta nos preços dos alimentos (1,08%), que tinham apresentado queda por três meses consecutivos (junho, -0,90%; julho, -0,76%; e agosto, -0,24%). Neste levantamento, o grupo apresentou elevação de 1,08% e foi responsável por uma contribuição de 0,24 ponto percentual, mais da metade do IPCA do mês.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Ainda de acordo com o IBGE, o preço das carnes, com alta de 5,09%, ficou com a maior contribuição individual do mês, 0,11 ponto percentual. Também foi verificado aumento nos preços do açúcar cristal (5,66%), do óleo de soja (5,47%), das frutas (3,98%), da farinha de trigo (3,61%) e do frango (3,11%). Por outro lado, entre os alimentos que tiveram queda de preço na passagem de agosto para setembro estão a cebola (-24,55%), a batata inglesa (-9,92%) e o tomate (-4,53%). Entre os produtos não alimentícios também houve aumento mais intenso dos preços. Neste caso, o índice passou de 0,12% em agosto para 0,27% em setembro.Apenas um dos nove grupos de produtos e serviços não apresentou aceleração: educação (de 0,44% para 0,08%).
Entre aqueles cujo índice subiu está o grupo habitação (de 0,23% para 0,40%), puxado pelos preços de aluguel residencial (de 0,35% para 0,61%); e de tarifas de água e esgoto (de 0,23% para 0,70%), em virtude do reajuste de 4,15% ocorrido em São Paulo, desde 11 de setembro.
Os transportes também subiram de -0,09% para 0,13%, com a influência das passagens aéreas (de -10,32% para 7,58%); as despesas pessoais (de 0,20% para 0,34%), com destaque para o item empregado doméstico (de 0,03% para 0,55%); e os artigos de residência (de -0,31% para 0,46%), puxados pelos itens mobiliário (de 0,62% para 0,97%) e eletrodomésticos (de -1,80% para 0,37%).