A Central Única dos Trabalhadores (CUT) mantém a intenção de propor um salário mínimo de R$ 420, a partir de março de 2007, e a correção da tabela do Imposto de Renda em 7,77%. A proposta será apresentada em reunião dos representantes da CUT com o governo, marcada para a próxima quinta-feira (7). Nesta quarta (6), os trabalhadores também vão fazer a 3ª Marcha do Salário Mínimo, na Esplanada dos Ministérios, com expectativa de participação de 10 mil pessoas.
Para o presidente da CUT Nacional, Arthur Henrique, segundo informações da Agência Brasil, a elevação do salário mínimo não trará desequilíbrio às contas públicas. "Ao estabelecer incremento no salário mínimo, ocorre não só crescimento com distribuição de renda, mas também há um efeito dinâmico, em que as pessoas consomem mais e, por conseqüência, aumenta a arrecadação", afirmou.
Com base em dados do Dieese, o aumento proposto pela CUT geraria uma arrecadação tributária de R$ 9,6 bilhões ao ano. A CUT também defende a criação de uma política de valorização permanente de correção do salário mínimo.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Nesta segunda (4), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo defende aumento do salário mínimo, atualmente de R$ 350, para R$ 367 em 2007. Segundo o ministro, esse valor está de acordo com a regra de aumento pelo PIB per capita e pela inflação, quesitos que tinham projeção maior quando a regra da proposta orçamentária foi enviada ao Congresso. Entretanto, o relator da proposta orçamentária, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), defende o salário mínimo de R$ 375.