A Previdência Social registrou déficit de R$ 2,44 bilhões no mês de fevereiro, com redução de 49,7% em relação ao saldo negativo de janeiro, quando atingiu R$ 4,86 bilhões. Essa redução pela metade significa que, apesar de continuar pagando mais do que arrecada, o sistema previdenciário apresenta sinais de reação no esforço de equilibrar as contas.
Em comparação com fevereiro do ano passado, no mês passado, também houve queda de 38,6%, de acordo com relatório divulgado nesta terça-feira pelo secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer.
Segundo ele, o melhor desempenho do balanço de fevereiro é resultado de melhoras na arrecadação e no gerenciamento mais efetivo nos pagamentos dos quase 24 milhões de benefícios.
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A arrecadação líquida da Previdência somou R$ 9,32 bilhões no mês passado, com aumento de 13,3% sobre a arrecadação de janeiro e de 20,8% na comparação com fevereiro de 2005. Em contrapartida, os gastos com benefícios custaram R$ 11,76 bilhões.
De acordo com o secretário Schwarzer, a arrecadação líquida de fevereiro foi a segunda melhor de todos os meses, atrás apenas do recolhimento de junho de 2004. Houve incremento de 3% nas receitas correntes e de 60,6% na recuperação de créditos, por decisões judiciais.
A recuperação de créditos voltou à trajetória esperada pelo Ministério, no sentido de adicionar R$ 7,7 bilhões no ano às contas da Previdência Social. Helmut Schwarzer lembrou que os números crescentes de empregos também oferecem "forte contribuição" para o melhor resultado das contas da Previdência no mês passado.
O secretário destacou também que, dentre as receitas correntes, houve aumento de 5,3% na arrecadação proveniente de empresas em geral, com o recolhimento de R$ 314,1 milhões. Os valores gastos com benefícios foram 10,1% menores que em janeiro, em decorrência da redução de R$ 1,2 bilhão no pagamento de sentenças judiciais.
Dos R$ 11,76 bilhões pagos em fevereiro, R$ 11,43 bilhões foram em benefícios e R$ 331,9 milhões em sentenças judiciais.
Schwarzer ressaltou a "estabilidade do gasto com benefícios correntes" como resultado, principalmente, da implantação do programa de Cobertura Previdenciária Estimada (Copes), em agosto do ano passado, que conseguiu reduzir de R$ 900 mil para R$ 550 mil os custos médios mensais com perícias médicas.
Agência Brasil