O consumo de gás natural no país cresceu 16,8% de janeiro para fevereiro deste ano e atingiu demanda média diária de 72,7 milhões de metros cúbicos. O crescimento expressivo foi motivado
pelo aumento de 7,6% no consumo do gás natural veicular (GNV) e também ao crescimento do produto destinado ao comércio, que registrou alta de 8,3% entre um mês e outro.
Os dados foram divulgados hoje (28) pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e indicam que quando a comparação se dá com fevereiro do ano passado o crescimento foi 2,4%. De janeiro para fevereiro a demanda pelo gás destinado à indústria cresceu 2,1%.
Segundo a Abegás, o aumento do uso de GNV no país se deve à competitividade do combustível. Levantamento de preços feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indica que, em fevereiro, nos 18 estados onde o GNV está disponível, os consumidores pagaram em média 35,2% a menos pelo combustível em relação à gasolina e 15,9% a menos em relação ao Etanol.
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Em relação a fevereiro de 2013, o consumo de gás natural no segmento industrial subiu 6%, o que, na avaliação da Abegás, reflete a recuperação apresentada pela indústria brasileira no início de 2014.
O maior acionamento das usinas termelétricas movidas a gás natural, em razão da falta de chuva e do aumento do consumo de energia, fez com que a demanda do segmento de geração elétrica registrasse crescimento de 45,4% na comparação com janeiro de 2014 e de 9% em relação a fevereiro de 2013.
"Este crescimento reflete a atual situação hidrológica do país. Com reservatórios muito abaixo dos níveis esperados para o período, as térmicas a gás continuam despachando mais para garantir o atendimento à demanda crescente por energia elétrica", avaliou a Abegás.
Quando o consumo é analisado por região, o Sudeste concentra o maior consumo de gás natural do país, com volume médio diário de 49,1 milhões de metros cúbicos, seguido pelo Nordeste, com 10,7 milhões de metros cúbicos. Na região Sul o consumo médio diário é 6,7 milhões de metros cúbicos, no Norte, 3,4 milhões e na região Centro-Oeste 2,7 milhões de metros cúbicos por dia.