A desapropriação dos terrenos localizados no entorno sul do Aeroporto Governador José Richa terá início no próximo mês. Pelo menos é o que espera o responsável pela comissão de avaliação dos imóveis e economista do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Rubens Bento.
Ele confirmou que o Estado liberou, no ano passado, a primeira parcela da verba que será utilizada para comprar as áreas. No entanto, de acordo com Bento, os R$ 9,7 milhões ainda não foram utilizados. "Só vamos conseguir ter acesso aos recursos após comprovarmos ao governo que a situação já foi legalizada na Justiça Federal", explicou.
A primeira audiência, para começar a concretizar a questão, foi marcada para o dia 9 de abril. "Serão atendidos de cinco a dez proprietários de terrenos por audiência. Caso não haja nenhum empecilho, a Justiça já emite o comprovante de posse e fica tudo certo", garantiu.
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Questionado sobre o que pode acontecer caso o dono de área não fique satisfeito com a proposta da prefeitura, Rubens Bento disse acreditar que isso não vai acontecer. "Já discutimos a questão com os proprietários antes e todos pareceram aceitar a situação. Se por acaso houver descontentamento, a emissão de posse será feita do mesmo jeito e o valor do lote depositado em juízo", argumentou.
Pelo menos 40 terrenos serão desapropriados neste primeiro momento. São lotes localizados nas proximidades da avenida Salgado Filho. A iniciativa é necessária para que a Infraero faça a ampliação da pista do aeroporto e a instalação do ILS, o instrumento que facilita o piloto na hora de pousar o avião em condições adversas de tempo.
O investimento total ultrapassa os R$ 70 milhões. Além da pista ampliada e do ILS, o Aeroporto de Londrina vai passar a contar com novo cercamento, uma estação meteorológica e um novo terminal de cargas. Até agora, a Infraero colocou em prática apenas uma das diversas melhorias: o recape asfáltico da pista principal. Foram utilizados R$ 7 milhões para a realização dos serviços.
Já o Governo do Estado se comprometeu a liberar R$ 27,5 milhões para a desapropriação de todos os lotes necessários para a realização das obras. Até agora, R$ 9,7 milhões foram liberados.