O Núcleo de Defesa do Consumidor (Procon) de Londrina determinou, através de decisão cautelar, que a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) informe ao londrinense quando haverá desabastecimento de água com pelo menos 72 horas de antecência. O órgão municipal pode multar a empresa em R$ 213.357,00 por cada novo caso de desinformação.
O valor da autuação é calculado conforme o faturamento da empresa. O montante diz respeito ao lucro de R$ 213 milhões da Sanepar registrado somente no primeiro semestre deste ano.
A autuação contra a empresa saiu na terça-feira (15), mas faltava a punição.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
O coordenador do Procon em Londrina, Rodrigo Brum Silva, contou que, quando há racionamento, o órgão recebe diversas ligações de pessoas alegando que não sabiam da falta de água. Após uma série de pesquisas, de acordo com ele, o órgão descobriu que a companhia informa o desabastecimento apenas através da internet e enviando notas aos veículos de comunicação. "A imprensa não tem a obrigação de divulgar. E nem todos os usuários do serviço têm acesso ao site ou às páginas da Sanepar nas redes sociais", destacou.
Questionado sobre o que a Sanepar pode fazer para informar o londrinense, Brum foi taxativo: "A empresa vai ter que descobrir. O Procon não precisa dizer os meios".
A íntegra da decisão cautelar pode ser conferida aqui.
A reportagem do Bonde tentou contato com a assessoria de imprensa da Sanepar, mas não obteve resposta.
(Atualizado às 22h12)