A maioria das despesas de condomínio é constituída de salários (mais encargos sociais) e de serviços (segurança, assistência técnica, reformas, descupinização, etc). Ambos correspondem a forte participação de custo com pessoal. Salários e encargos (de zelador, faxineiro, segurança, etc) pesam alguma coisa entre 50% e 60% no total da conta de condomínio que chega todos os meses para o morador. Edifícios que dispõem de mais serviços de segurança e de mais áreas e unidades de lazer em geral estão bem mais próximos dos 60%.
A novidade dos últimos 12 meses é a forte escassez de mão de obra minimamente qualificada, fator que vai puxando os salários para cima. Este é, também, um fator de maior rotatividade dos empregados em condomínio. A contratação de funcionários novos por salários mais altos exige reajustes da remuneração dos que ficaram pelo novo padrão. É uma situação que não será revertida tão cedo. Isso significa que, durante um bom tempo, as despesas de condomínio tendem a subir mais do que a inflação.
Não dá para dizer que as taxas de condomínio estejam crescendo mais do que o aluguel porque este é, em parte, função do valor do imóvel, cujo mercado passa por forte aquecimento. A tendência, que pode acentuar-se, é a de que as despesas de condomínio cresçam mais rapidamente do que o poder aquisitivo do morador.