A presidente Dilma Rousseff disse na noite desta sexta-feira (1º), em discurso realizado na cerimônia de abertura do Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR), que o Brasil evoluiu e está se tornando um País de classe média. "O fato é que o País está se tornando uma nação de classe média e que valoriza não só a superação da miséria, mas a ciência e tecnologia e também a cultura", disse a presidente.
Apesar de falar da evolução do País, Dilma Rousseff não qualquer comentário, neste terceiro evento do dia, no Rio de Janeiro, a respeito dos dados do PIB do ano passado, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. O PIB brasileiro cresceu apenas 0,9% em 2012, o pior resultado desde a crise global em 2009, e foi classificado, mais uma vez, de ''pibinho'' pela oposição. No final do pronunciamento no MAR, Dilma frisou: "Não vou fazer um discurso que saia deste tom." E se ateve a um discurso voltado para o tema da noite: a inauguração do museu.
No início do pronunciamento, de cerca de dez minutos, a presidente lembrou do episódio em que esteve presa na ditadura militar e foi transferida, no início de 1971, da Operação Bandeirante para a Polícia Federal do Rio de Janeiro. "Minha cela era interessante pois metade dela era cinza, tinha muitas baratas. Estou contando isso porque acho que este País mudou, não só pelo Museu de Arte do Rio, mas hoje um presidente da República convive com o som das ruas, com o processo democrático, com as manifestações. Na minha época de juventude, isso não era usual."
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Ao lembrar o período em que esteve presa, Dilma disse ainda: "O barulho das ruas faz com que tenhamos certeza que este é hoje um País democrático, onde todos têm o direito de se manifestar. Por isso eu contei esse episódio, pois a vida tem essa riqueza, essa diversidade, essas idas e vindas. Esse esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, como diria Guimarães Rosa." No final do discurso, ela puxou um ''parabéns a você'', dedicado ao aniversário da cidade do Rio de Janeiro, que hoje completa 448 anos.