A presidente Dilma Rousseff chegou neste domingo (2) em Bruxelas para a 5ª Cúpula Brasil-União Europeia, que começa nesta segunda-feira (3) na capital belga, tendo como um dos objetivos destravar um acordo de livre comércio entre o Mercosul e o bloco europeu. A negociação sofre resistência de países como a França, que teme competição para seus produtores e foi interrompida em 2006, para ser retomada apenas este ano. Um dos mercados que a presidente vai tentar abrir na Europa é o setor de serviços. As discussões buscam fechar o acordo no ano que vem.
No primeiro dia de reuniões da cúpula, a presidente vai reiterar, segundo informou a Agência Brasil, a preocupação com a crise econômica internacional. Para o governo brasileiro, a parceria com a União Europeia (UE) seria um dos mecanismos para mitigar os efeitos dos problemas enfrentados pelos países europeus e os Estados Unidos. A presidente já defendeu recentemente, em discursos feitos na Organização das Nações Unidas (ONU) e no Peru, que a crise foi causada pelos países ricos, e não pelos emergentes.
Ainda segundo a Agência Brasil, Dilma deve exigir ainda que o desenvolvimento sustentável faça parte da pauta de discussões da cúpula. Esse assunto será tema da Conferência Rio+20, que vai discutir em maio e junho do ano que vem, no Rio de Janeiro, preservação ambiental e economia verde.
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Amanhã a presidente deve se encontrar também com o secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jerome Valcke, para discutir os preparativos para a Copa do Mundo de 2014. A conversa deve incluir a Lei Geral da Copa, que trata de garantias feitas à Federação do futebol para a realização do mundial de futebol. O texto da lei foi encaminhado pelo governo ao Congresso, há cerca de duas semanas. Não há prazo para a votação na Câmara e no Senado.
A presidente desembarcou em Bruxelas hoje às 14 horas (9h pelo horário de Brasília) e, sem compromissos oficiais para hoje, visitou o Museu Magritte, que reúne parte do acervo de René Magritte (1898-1967), um principais artistas plásticos surrealistas belgas.
Na terça-feira ela vai abrir a 23ª edição do maior festival de artes da Europa, o Europalia, que neste ano homenageará o Brasil. O evento prevê 130 shows, 60 apresentações de dança e 40 de teatro, 20 exposições de artes visuais e 80 conferências literárias ao longo de três meses e meio, em cinco países: Bélgica, Luxemburgo, França, Alemanha e Holanda.