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Compromisso

Dilma diz que não privatizará Correios

Agência Estado
08 fev 2011 às 11:51

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A presidente Dilma Rousseff negou hoje que o governo privatizará a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A declaração foi dada em resposta a uma pergunta de um funcionário da ECT, na estreia da coluna semanal "Conversa com a Presidenta", publicada hoje em jornais de todo o País. Dilma disse que passar os Correios para a propriedade privada "nem está em cogitação".

"Você e os mais de cem mil empregados que compõem o quadro dos Correios podem ficar tranquilos, pois as iniciativas para modernizar a empresa não passam por sua privatização", afirmou. Ela disse que as ações que a gestão federal planeja para a estatal buscam fortalecê-la. De acordo com Dilma, a ECT prepara-se para oportunidades de novos negócios, principalmente nas áreas de logística integrada, serviços financeiros postais e correio digital.

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"A logística para a execução do serviço postal, que inclui infraestrutura, processos adequados, tecnologia de ponta e pessoal qualificado, é a chave do sucesso dos Correios", respondeu ao funcionário dos Correios Márcio Rogério Godoy Nóbrega, de Bauru, no interior de São Paulo. Já o líder comunitário Alberto Estevão da Silva, no Sertão de Pernambuco, perguntou se a administração federal pretende ampliar parcerias entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e as associações da comunidade que recebem alimentos para doar - o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ação complementar ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

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Dilma respondeu que segurança alimentar é "prioridade absoluta na erradicação da extrema pobreza" e que, por isso, o PAA, que, segundo ela, desembolsou em 2010 R$ 800 milhões na compra de 540 mil toneladas de comida, terá R$ 2 bilhões para gastar em 2011. "As entidades vão contar com uma quantidade maior de produtos e poderão atender muito mais pessoas", disse.

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Dilma afirmou ainda que os alimentos serão usados para recompor os estoques estratégicos de segurança alimentar e distribuídos a 89 restaurantes populares e a 406 cozinhas comunitárias, que cobram, em média, 1,50 real por refeição. Para isso, pediu ajuda de prefeituras no planejamento do programa e na identificação dos beneficiados. "Na verdade, essa é uma tarefa que exige a participação de todos nós, do governo e da sociedade."


Haiti


A presidente falou ainda sobre ajuda às famílias dos militares brasileiros mortos no terremoto ocorrido no Haiti, no início de 2010. Dilma afirmou à professora Isadora Bueno, de São Paulo, que o Poder Executivo "jamais deixaria de amparar" os 18 militares que morreram na tragédia. "Eles estavam no Haiti contribuindo para pacificar as forças em conflito e prestando solidariedade a um povo que, mesmo antes da tragédia, já vivia uma situação de extrema gravidade", declarou.

Conforme a presidente, o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva liberou, em 31 de dezembro, R$ 500 mil para cada família. Dilma garantiu também que as 16 crianças e adolescentes que eram dependentes das vítimas receberão bolsas de estudo no valor de 510 reais mensais até a conclusão dos ensinos fundamental e médio. Para os que prosseguirem com os estudos, o benefício será estendido até eles completarem 24 anos.


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