A emissão de títulos e o reconhecimento de juros fizeram a Dívida Pública Federal (DPF) subir em novembro. Segundo números divulgados hoje (20) pelo Tesouro Nacional, a DPF aumentou R$ 21,4 bilhões no último mês, passando de R$ 1,644 trilhão para R$ 1,666 trilhão. Em termos percentuais, a alta foi de 1,3%.
A dívida pública mobiliária (em títulos) interna subiu 1,43% em novembro, de R$ 1,552 trilhão para R$ 1,574 trilhão. A alta ocorreu porque o Tesouro emitiu R$ 6,26 bilhões em títulos a mais do que resgatou em novembro. Além disso, a dívida subiu por causa da apropriação de juros, que somou R$ 15,94 bilhões.
O aumento da DPF só não foi maior porque a dívida pública externa caiu 0,85% em novembro, encerrando o mês em R$ 91,43 bilhões, contra R$ 92,21 bilhões em outubro. A redução foi motivada principalmente pela queda do euro, moeda que corrige parte da dívida externa e que teve desvalorização de 5,5% no mês passado.
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Em relação à composição, a participação dos papéis prefixados na dívida mobiliária interna passou de 36,73% em outubro para 37,36% em novembro, o que indica melhora, segundo os critérios do Tesouro. Por terem os juros definidos com antecedência, os títulos prefixados são preferíveis para a administração da dívida pública, porque o Tesouro sabe exatamente quanto pagará para resgatar os papéis.
A fatia dos títulos vinculados à taxa básica de juros, a Selic, ficou praticamente estável, caindo de 33,32%, em outubro, para 33,08% em novembro. A participação dos papéis atrelados a índices de preços passou de 28,37% para 28,08%. A parcela da dívida interna corrigida pelo câmbio ficou em 0,6%, mesmo nível em relação ao registrado em outubro.
O prazo médio da DPF caiu um pouco, de 3,59 anos em outubro para 3,53 anos em novembro. A parcela da dívida que vence em 12 meses aumentou de 22,88% para 23,53%. Prazos mais longos também são preferíveis para a administração da dívida pública.
Por meio da dívida pública, o governo emite títulos para pegar dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos. Em troca, o Tesouro se compromete a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a Selic, a inflação ou o câmbio.