Os vereadores voltam a discutir, na sessão desta terça-feira (5) da Câmara Municipal de Londrina, o projeto de lei, de autoria do Executivo, que prevê a doação de uma área localizada no Parque Tecnológico Francisco Sciarra à empresa Indusbello Indústria de Instrumentos Odontológicos Ltda. A firma pediu o terreno ao município há dois anos e espera, até então, pela aprovação da iniciativa. De acordo com o projeto, a área de terras, composta por quatro lotes, tem 4.303,36 metros quadrados. O valor total do terreno, de acordo com avaliação feita pelo município em 2011, ultrapassa os R$ 380 mil. A empresa quer o espaço para ampliar a produção.
De acordo com a justificativa do projeto, a empresa quer construir um complexo de 3.274,50 metros quadrados na área. As obras seriam feitas em três etapas, "sendo a primeira etapa de 1.274,50 m² de área construída em 12 meses, a segunda etapa com 1.000,00 m², em 12 meses e a terceira etapa com 1.000,00 m², em 12 meses, totalizando assim 36 meses, além de áreas para estacionamento, circulação e pátio". A Indusbello pretende investir R$ 900 mil "entre obras civis, máquinas, equipamentos e instalações".
A firma existe em Londrina há 22 anos e gera 80 empregos. A mudança para o Parque Tecnológico pode fazer com que a indústria passe a gerar 20 novos postos de trabalho diretos, além de terceirizações. O projeto que prevê a doação do terreno foi discutido insistentemente pelo Legislativo no ano passado. A matéria chegou a receber pareceres favoráveis das comissões de Finanças e de Desenvolvimento Urbano da Casa.
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A Comissão de Justiça, no entanto, só se mostrou a favor do projeto após a apresentação de uma emenda, de autoria do então vereador Joel Garcia (sem partido), que obriga a Indusbello a doar R$ 20 mil em equipamentos a um posto da Guarda Municipal, localizado na rua da Canoagem, em troca dos lotes do Parque Tecnológico. "A nova Legislatura não pode trabalhar com esses 'penduricalhos', que só servem para atrapalhar a tramitação do projeto. Contrapartidas não podem ser discutidas desse jeito", argumentou a líder do Executivo na Câmara, vereadora Elza Correia (PMDB).
Se aprovado, o projeto dá prazo de seis meses para que a Indusbello se mude para o Parque Tecnológico.
A parlamentar acredita que o projeto vai ser aprovado. "Eu percebo uma tendência positiva no Legislativo. Se a matéria é constitucional e legal, precisa ser aprovada. A gente só está segurando iniciativas de mudança de zoneamento, que dependem da aprovação das leis complementares do Plano Diretor", disse.