Cerca de dois mil imóveis são comercializados por mês somente na Zona Norte de Londrina. A estimativa é do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina e Região (Sincil). Os dados preliminares fazem parte de uma pesquisa que está sendo realizada pela entidade. Pelos primeiros números, o setor aposta que a demanda deve continuar aumentando na área mais populosa da cidade.
"Em volume de negócios a região Norte da cidade é insuperável", afirma o presidente do Sincil, Marco Antonio Bacarin. Segundo ele, a tendência é que o boom imobiliário continue crescente. "Trata-se da região mais populosa de Londrina, e os próximos dados do IBGE devem demonstrar isso", afirma Bacarin, acreditando que a "demanda vai continuar aumentando porque o número de moradores tem aumentado a cada ano. Atualmente já se fala em cerca de 180 mil a 200 mil habitantes. Portanto, a região Norte de Londrina é maior que muitas cidades brasileiras", enfatiza.
A alta taxa populacional e o potencial comercial da região Norte tem atraído o interesse de grandes imobiliárias, conforme avalia Bacarin. "Atualmente todas as grandes imobiliárias que atuam na cidade têm projetos e lançamentos na região Norte. O volume de construções naquela área é impressionante", diz.
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O imobiliarista Raul Fulgêncio aponta a estabilidade da economia e a facilidade de financiamento como responsáveis pelo boom imobiliário. "O poder de compra da classe C aumentou. Além disso, hoje em dia a pessoa pode comprar um imóvel e pagar prestações no mesmo valor que o aluguel", enfatiza.
"Existem pontos da avenida Saul Elkind em que o metro quadrado custa mais que em alguns localizados na avenida Higienópolis", afirma o gerente da Raul Vieira Imóveis, José Francisco Limoli. Ele afirma que isso se deve à expansão comercial da área. "Quem mora na região Norte não precisa mais vir ao centro da cidade para nada. Lá existem bancos, grandes lojas e indústrias, hipermercado, clínicas médicas e odontológicas, entre outros serviços", destaca.
Déficit de profissionais
O cresciemento imobiliário que Londrina atravessa gerou um déficit de corretores na cidade. De acordo com dados do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina e Região (Sincil) seriam necessários aproximadamente 500 novos profissionais para suprir a demanda do setor.
Segundo o presidente do Sincil, Marco Antônio Bacarin, atualmente existem cerca de 1,4 mil corretores de imóveis atuando em aproximadamente 100 imobiliárias existentes em Londrina. "Algumas imobiliárias já estão perdendo negócios por falta de profissionais", afirma.
De acordo com ele, a profissão está em alta. "Estudos apontam que a média salarial de um corretor gira em torno de R$ 2,8 mil. Mas muitos profissionais conseguem obter ganhos muitos superiores à média", afirma.