O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,42%, negociado a R$ 1,645 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,84%, cotada a R$ 1,652. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações em baixa de 0,53%, a R$ 1,6463.
No exterior, o euro sustentava-se na faixa de US$ 1,40 nesta manhã. A trajetória de perda da moeda norte-americana é generalizada. Isso inclui as moedas emergentes, como o real, e o dólar de Cingapura, onde o governo anunciou medidas contra a valorização cambial, numa manobra de combate à inflação.
Com a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) vai aumentar a liquidez para incentivar a economia, o mercado financeiro internacional não dá outra chance ao dólar a não ser a desvalorização. Além disso, a guerra cambial se acentua, a despeito dos países desenvolvidos não aceitarem este termo para os movimentos que já se tornaram diários por parte dos emergentes, no sentido de defender suas moedas.
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No Brasil, os investidores esperam novas ações do governo para conter a alta do real. E ninguém mais critica as eventuais ações, como é costume no mercado financeiro, contrário a intervenções. Essa expectativa de novas medidas cambiais é o fator que pode segurar um pouco o ritmo de perda da moeda norte-americana, juntamente com os leilões diários de compra do Banco Central (BC) e a mudança recente do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ainda assim, a alta da tributação sobre o capital estrangeiro aplicado em renda fixa está em avaliação tanto pelo governo quanto pelo mercado.
Os dados do fluxo cambial divulgados ontem mostraram redução significativa das entradas financeiras depois que a alíquota de IOF foi elevada de 2% para 4%. Mas ocorreram apenas quatro pregões depois da mudança. Especialistas avaliam que ainda é cedo para conclusões.