O anúncio do Banco Central de que fará leilão de compra de dólar a termo na segunda-feira surgiu como o principal fato de hoje logo pela manhã. No entanto, o noticiário externo tomou conta dos mercados pouco antes do meio-dia. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos abaixo do esperado e, ainda que em menor grau, a informação de que a situação política no Egito se agravou, com a presença do exército nas ruas e toque de recolher, desencadearam uma forte onda de aversão ao risco, que derrubou as bolsas e fortaleceu o dólar em relação a boa parte das moedas de outros países, incluindo o real.
O dólar comercial fechou em alta de 0,48%, cotado a R$ 1,686 no mercado interbancário de câmbio, na taxa máxima registrada hoje durante os negócios. Pela manhã, logo após o início das negociações, a moeda norte-americana chegou a bater a mínima do dia, de R$ 1,674 (-0,24%). Na semana, o dólar comercial acumulou alta de 0,84%. No mês, o dólar registra ganho de 1,32%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista subiu 0,41% hoje e fechou a sessão a R$ 1,6838. O euro comercial caiu 0,39% para R$ 2,291. No câmbio turismo, o dólar subiu 0,23% para R$ 1,777 (venda) e R$ 1,687 (compra). O euro turismo recuou 1,37% para R$ 2,377 (venda) e R$ 2,233 (compra).
"Os mercados como um todo estavam travados até o anúncio do PIB norte-americano. Como o resultado ficou abaixo do previsto, a aversão ao risco cresceu e a fuga para ativos considerados seguros, como o dólar, o franco suíço e o ouro, ganhou força", explica o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.
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Hoje, o Banco Central voltou a fazer dois leilões de compra de dólares no mercado à vista. No primeiro, a taxa de corte foi de R$ 1,6743. No último, o corte ficou em R$ 1,684.
Na próxima segunda-feira, o leilão de dólar a termo do BC será feito em três vencimentos: 9/02/2011; 16/02/2011 e 23/02/2011. O comunicado do BC não informa os valores máximos da operação nem os horários dos leilões.