O dólar comercial encerrou a sexta-feira em queda de 1%, cotado a R$ 1,685 no mercado interbancário de câmbio. O preço da moeda caiu pelo quinto dia consecutivo, abaixo do patamar de R$ 1,70, para o menor valor desde 5 de novembro (a R$ 1,6790). Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista recuou 0,96%, para R$ 1,6851. Na semana, o dólar comercial acumula queda de 2,54%; em dezembro, de 1,75% e, no ano, de 3,33%.
Os dados do mercado de trabalho norte-americano em novembro, piores do que o esperado, determinaram a nova queda do dólar nos mercados internacional e brasileiro. Contudo, o recuo do dólar em relação ao real hoje foi um pouco menor do que o registrado ante o euro e outras divisas rivais, porque os agentes locais passaram a descartar uma alta da taxa Selic na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central na próxima semana, o que vinha sendo cogitado no mercado.
A mudança de expectativa ocorreu após as medidas do governo, anunciadas hoje, de elevação do compulsório sobre depósitos à vista e a prazo e de majoração do requerimento de capital para operações de crédito a pessoas físicas com prazos superiores a 24 meses.
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Nos Estados Unidos, os números ruins do mercado de trabalho elevaram as perspectivas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continuará injetando dinheiro no sistema financeiro com o objetivo de estimular a economia, contribuindo assim para depreciar o dólar. Dados do Departamento do Trabalho dos EUA mostraram que a taxa de desemprego norte-americana subiu para 9,8% em novembro, enquanto analistas estimavam a manutenção da taxa em 9,6%. Além disso, a economia do país criou 39 mil vagas de trabalho no mês passado, ante previsão de criação de 144 mil vagas.
No leilão realizado à tarde, o Banco Central comprou dólares no mercado à vista com taxa de corte de R$ 1,685.