A taxa de câmbio caiu hoje pelo sexto dia consecutivo e o dólar voltou a registrar o menor valor desde 18 de janeiro de 1999. No mercado interbancário de câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 1,553, recuo de 0,26% no dia. A queda acumulada no ano é de 6,67%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista também caiu 0,26% no dia para R$ 1,5535. O euro comercial cedeu 0,09%, encerrando a segunda-feira cotado a R$ 2,258.

Nesses seis dias seguidos de queda, o dólar comercial desceu 3,18%. Os negócios no câmbio brasileiro hoje foram esvaziados pelo feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, que transferiu as atenções dos investidores para a Europa. O novo cálculo da taxa Ptax que desestimula operações casadas também teve influência no câmbio hoje. Diante de um fluxo cambial fraco, o Banco Central fez apenas um leilão de compra à vista à tarde, em que fixou a taxa de corte das propostas em R$ 1,5555 por dólar.

Na Europa, os governos da zona do euro concordaram com a liberação da próxima parcela do pacote de ajuda de 110 bilhões de euros fechado para a Grécia no ano passado. A agência de classificação de risco Standard & Poor's, no entanto, afirmou que a proposta para reduzir os termos do pagamento da dívida soberana da Grécia equivalerá a uma moratória sob os critérios da empresa. O porta-voz da Comissão Europeia, Altafaj Tardio, afirmou que ainda não há um plano final para o envolvimento do setor privado no segundo socorro à Grécia e que os governos da zona do euro continuam comprometidos em evitar uma "moratória seletiva". Tardio disse também que haverá "clareza" sobre as principais linhas de um segundo pacote após a próxima reunião dos ministros das finanças da zona euro em Bruxelas, no dia 19. Apesar da queda da inflação ao produtor na zona do euro, há expectativas de um novo aumento de juros neste semana pelo Banco Central Europeu.