Pelo terceiro dia seguido em baixa, o dólar voltou nesta quarta-feira, 1º, ao nível de R$ 1,70. No mercado interbancário de câmbio, o dólar comercial fechou as negociações a R$ 1,708, queda de 0,41% no dia. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista também caiu 0,41% hoje e encerrou a sessão cotado a R$ 1,706. O euro comercial subiu 0,22% para R$ 2,239.
A expansão mais forte da atividade industrial na China, no Reino Unido e na zona do euro em novembro, a criação de vagas no setor privado dos EUA acima do esperado no mês passado, os esforços da Espanha para tentar evitar um contágio da crise de dívida soberana de países vizinhos e a informação de que os EUA poderão aumentar seus repasses de recursos ao FMI para um pacote de ajuda mais amplo à Europa ampararam a volta do apetite ao risco nos mercados nesta quarta-feira. Em reação, o euro recuperou parte das perdas recentes e o dólar tombou em relação ao real, sustentando expectativas de que se o clima externo positivo perdurar amanhã a moeda norte-americana poderá testar já na abertura o piso informal de R$ 1,70.
Com um fluxo cambial positivo, mas pequeno, e passada a disputa de fim de mês em torno da taxa de referência Ptax, usada na liquidação dos contratos futuros de câmbio de dezembro na BM&F, o giro financeiro diminuiu neste primeiro dia de dezembro. No leilão realizado à tarde, o Banco Central comprou dólares no mercado à vista com taxa de corte de R$ 1,7062.
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O BC informou hoje que as suas intervenções no segmento de câmbio elevaram as reservas internacionais em novembro, até o dia 26, em US$ 2,101 bilhões. Esse volume de compras superou o fluxo cambial do mesmo período, que foi positivo em US$ 1,216 bilhão - resultado de um fluxo financeiro favorável de US$ 1,434 bilhão e de um fluxo comercial negativo de US$ 218 milhões.