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Dólar comercial abre acima de R$ 2

Agência Estado
10 jul 2009 às 10:50

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O dólar comercial abriu em forte alta de 1,81%, negociado a R$ 2,028 no mercado interbancário de câmbio. Na Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu em alta de 0,30%, negociado a R$ 2,015. Ontem não houve operações na BM&F.

O mercado doméstico perdeu o momento de alívio dos ativos internacionais ocorrido ontem, enquanto se comemorava, no Estado de São Paulo, o feriado em homenagem à Revolução Constitucionalista de 1932, que manteve as bolsas fechadas. No câmbio, no entanto, houve negócios que partiram de outras praças ligadas ao comércio exterior, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Mas sem o funcionamento dos derivativos e sem os parceiros paulistas, mais atuantes também no segmento comercial, o volume transacionado foi muito baixo, somando cerca de US$ 300 milhões. A cotação seguiu a rota internacional e ontem o dólar à vista perdeu 0,90%, encerrando o pregão a R$ 1,992, com negócios somente no mercado interbancário de câmbio. E, hoje, ao retomar as negociações, o ambiente já é outro. A perspectiva é de alta.

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No exterior, o sentimento de aversão ao risco foi retomado hoje, com os investidores menosprezando dados bons referentes à economia francesa. Os números da produção industrial na França, melhores do que o esperado, chamaram a atenção dos analistas, mas não fizeram preço dos ativos. A produção industrial francesa subiu 2,6% em maio, na comparação mensal, superando a previsão de queda de 0,1%.

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Agora, os mercados dirigem suas atenções aos indicadores previstos na agenda norte-americana, com maior potencial para mexer com o rumo dos mercados. Um dos destaques de hoje foi o déficit da balança comercial de maio, de US$ 25,96 bilhões, ante previsão de déficit de US$ 30 bilhões. Outro dado importante será divulgado pela Universidade de Michigan divulga às 10h55: o índice de sentimento do consumidor (preliminar) de julho. A agenda de eventos dos Estados Unidos ainda prevê uma audiência do secretário do Tesouro do país, Timothy Geithner, com o Comitê Conjunto de Serviços Financeiros e de Agricultura da Câmara sobre a regulamentação do mercado de derivativos. Além disso, o presidente norte-americano, Barack Obama, concederá uma entrevista coletiva à imprensa em L'Aquila, Itália.


Uma notícia local, no entanto, deve dividir as atenções com o que ocorre no exterior: a Brasil Foods, nome da nova empresa combinada entre Perdigão e Sadia, anuncia oferta pública primária de 115 milhões de ações ordinárias (ON) no Novo Mercado, com esforços de colocação no exterior. A oferta compreende ainda lote suplementar de até 15%, ou seja de 17.250.000 de ações ON.

As expectativas em torno dessa operação já foram, em parte, antecipadas pelo mercado de câmbio juntamente com o andamento da oferta inicial pública de ações (IPO) da VisaNet. A operação da VisaNet acabou frustrando os investidores do mercado doméstico de câmbio, que esperavam participação de estrangeiros entre 70% e 80%, sendo que se confirmou fatia de somente 50% para esses negociadores. Por isso, é provável que a operação da Brasil Foods cause menos alvoroço.


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