O dólar comercial abriu em alta de 0,36%, a R$ 1,937 hoje, mas pouco depois já reduzia os ganhos e era negociado a R$ 1,932, em alta de 0,10% no mercado interbancário de câmbio. Ontem, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,26%, cotada a R$ 1,93. Na Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações de hoje em alta de 0,36%, a R$ 1,937.
A temporada de balanços nos Estados Unidos continua apresentando dados favoráveis e os mercados, inicialmente, comemoraram. Mas há instantes, os índices futuros das bolsas de Nova York começaram a piorar - sem motivos aparentes - e ameaçam o ambiente de tranquilidade que já durava desde ontem, quando a IBM e o Google anunciaram resultados acima do previsto. E hoje os dados seguem no rumo positivo.
Hoje, o BofA anunciou lucro líquido de US$ 3,2 bilhões no segundo trimestre. O lucro por ação foi de US$ 0,33, excluídas as despesas. Os analistas estimavam US$ 0,26. Já o lucro da General Electric caiu 47% no segundo trimestre, pressionado pelos problemas contínuos nas operações financeiras. Ainda assim, o resultado superou as expectativas dos analistas. O Citigroup anunciou lucro líquido de US$ 4,3 bilhões no segundo trimestre. Com isso, saiu de um prejuízo de US$ 0,55 por ação para lucro de US$ 0,49 por ação.
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Ainda no exterior, o mercado acompanhou as declarações do secretário do Tesouro do Estados Unidos, Timothy Geithner. Ele disse em entrevista ao jornal francês Les Echos que o dólar continuará sendo a moeda de reserva internacional e que isto dá "uma responsabilidade particular para que o país mantenha a confiança no seu sistema financeiro".
Na entrevista, ele acrescentou que está mais otimista sobre a situação econômica do que há três meses e que 2009 será "de certa forma melhor" do que o estimado inicialmente. Geithner também afirmou que os testes de estresse dos bancos nos EUA provaram ser altamente benéficos.
Antes mesmo da piora nos principais índices acionários norte-americanos, no mercado internacional, o dólar avançava sobre as moedas europeias, tornando-se o reduto da cautela desta sexta-feira. No Brasil, a sinalização era de que os negócios do mercado de câmbio vão acompanhar o comportamento das moedas lá fora.