O dólar comercial abriu as negociações de hoje no mercado interbancário de câmbio em baixa de 0,53%, cotado a R$ 1,894. Ontem, a moeda norte-americana havia fechado as negociações em queda de 0,16%, a R$ 1,904. Na Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F), o dólar com liquidação à vista também abriu as negociações em queda. A moeda norte-americana iniciou as negociações do dia em baixa de 0,42%, a R$ 1,894.
O dólar não apresenta tendência única no mercado internacional hoje, caindo ante moedas como a libra e o iene e com alta ante o euro. Essa dispersão das trajetórias das diferentes divisas abre espaço para que a relação entre o dólar e o real, hoje, se defina a partir de eventos domésticos. Pelo menos até que uma nova notícia possa unir o ritmo dos negócios.
No Brasil, os primeiros passos do mercado futuro indicavam mais um dia de perda da moeda norte-americana. Essa aposta na trajetória de queda do dólar deve-se, principalmente, à expectativa de entradas de recursos derivados da operação de emissão de ações da BR Foods, que somou cerca de R$ 5,3 bilhões. Ainda assim, alguns especialistas afirmam que o impacto tende a ser limitado por dois fatores. O primeiro é o nível baixo em que já se encontra o dólar. O segundo é o fato de as entradas financeiras estarem fortes nas últimas semanas - ontem o BC anunciou saldo positivo de US$ 1,187 bilhão em julho até o dia 17 nesse segmento -, o que refletiria uma antecipação das entradas.
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Por isso mesmo, analistas consultados pela Agência Estado hoje avaliavam que o mercado doméstico de câmbio ficará vulnerável a notícias internacionais, principalmente se elas mexerem com os negócios feitos no exterior. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma taxa de desemprego de 8,1% em junho, inferior ao estimado, entre 8,7% e 9,30%. Quanto à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), tomada ontem, de cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto porcentual, para 8,75% ao ano, o mercado de câmbio não mostra reação.