O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,86%, negociado a R$ 1,838 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana fechou em alta de 3,17%, cotada a R$ 1,854. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações em queda de 0,81%, a R$ 1,845.
Hoje, os mercados tentam esquecer o terror que se instalou ontem nas mesas de operações de todo o mundo. Mas se realmente o pânico foi instalado ontem depois que um operador trocou "milhões" por "bilhões", fazendo disparar uma sequência de ordens de negócios que levaram o Dow Jones a registrar queda de 9%, o fato é que o nervosismo já era grande.
As dúvidas não desapareceram de ontem para hoje e podem voltar a afetar os negócios a qualquer momento. No entanto, os esforços do dia são no sentido de amenizar os fatos negativos.
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Uma das primeiras notícias positivas veio da Alemanha. A produção industrial no país subiu 4%, em base sazonalmente ajustada, em março ante fevereiro. As estimativas eram de alta de 1,8%. O resultado refletiu melhora das condições climáticas que favoreceu expansão de 26,7% da produção do setor de construção. O setor de manufatura também registrou crescimento de 3,4% no mês.
Os investidores também comemoram a medição do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol. A economia do país cresceu nos três primeiros meses de 2010, pela primeira vez após seis trimestres consecutivos de contração, segundo estimativas do Banco da Espanha (o banco central do país).
Em relação à Grécia, a Câmara Baixa do parlamento da Alemanha aprovou a ajuda de 22,4 bilhões de euros ao país nesta manhã. Isso diminui as preocupações com a eficiência do pacote de auxílio do FMI e da União Europeia e tende a ser um alívio momentâneo.
Nesta manhã, também saíram os dados positivos do mercado de trabalho nos EUA. Foram criadas 290 mil vagas de trabalho ante estimativas de geração de 180 mil empregos. Esta foi a maior expansão desde março de 2006. A taxa de desemprego, no entanto, subiu para 9,9%, ante estimativas de 9,7%.
No Brasil, as notícias boas na Europa e nos EUA ajudam o real a subir. "Essa movimentação toda teve muito de especulação e, hoje, se o mercado realmente se acalmar no exterior, a pressão exagerada será devolvida", estima um operador. Segundo ele, a procura por um preço mais justo para a moeda norte-americana ante o real, hoje, tende a provocar mais um pregão de volatilidade. Na avaliação desse profissional, o dólar pode encostar em R$ 1,80 ainda hoje.