O dia de pouca liquidez pela ausência de importantes mercados como o norte-americano e o britânico por feriados locais fez com que este fosse um final de mês atípico. A semana mais curta também no Brasil, onde um feriado nacional interrompe os negócios na quinta-feira (e para alguns, também na sexta) fez com que mesmo um dia de disputa para formação da ptax (taxa média ponderada pelo Banco Central) para liquidar os contratos de junho fosse de poucos negócios. A volatilidade esperada teve ainda o agravante de problemas técnicos na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) no início da sessão e os primeiros negócios só foram registrados perto das 11 horas.
O dólar com liquidação à vista fechou com queda de 0,20%, a R$ 1,818, enquanto a moeda norte-americana comercial subiu 0,61% no mercado interbancário de câmbio, cotada a R$ 1,82, depois de abrir em queda e oscilar entre a máxima de R$ 1,821 e a mínima de R$ 1,806. No mês, a alta acumulada foi de 4,78%.
O ataque de Israel a um grupo de seis navios que transportavam mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza também pode ter contribuído para a busca da proteção do dólar, segundo operadores, já que a reação do mercado financeiro americano ao ataque só será conhecida amanhã, por conta do feriado de hoje.
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A Europa ainda não saiu do foco, mas, com os feriados de Memorial Day nos Estados Unidos e Spring Bank Holiday no Reino Unido, encontrou espaço para respirar. De qualquer forma, o investidor não perdeu de vista que, neste mês de maio, o euro perdeu 9% de seu valor ante o dólar e 13,2% em relação ao iene.
Internamente, a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central manteve o câmbio de 2010 em R$ 1,80 e, para 2011, em R$ 1,84. A novidade da pesquisa foi que, depois de 18 semanas de altas seguidas, a projeção do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010 ficou estável em 5,67%.
O BC interveio no mercado à vista com leilão realizado entre 15h47 e 15h57 e fixou a taxa de corte em R$ 1,8193. O BC também anunciou hoje que foi liquidada a última parcela de operações de empréstimo de dólares com recursos das reservas internacionais feitos no período da crise internacional entre outubro de 2008 e abril de 2009. Esses empréstimos foram feitos para garantir a liquidez em moeda estrangeira no mercado financeiro. Segundo o BC, foram realizados naquele período 11 leilões, que resultaram em 137 contratos de empréstimos, com 31 instituições financeiras diferentes, no valor de US$ 10,9 bilhões.
Também hoje, o dólar turismo fechou em baixa de 1,39%, a R$ 1,92. Já o euro turismo encerrou em queda de 0,54%, a R$ 2,377.