O mercado de câmbio local acompanhou de perto a oscilação do dólar no exterior e, apesar da sua desvalorização ante as principais moedas, incluindo o real, a divisa dos EUA sustentou-se aqui acima do patamar de R$ 1,70 pelo quinto dia útil consecutivo.
O dólar comercial fechou em baixa de 0,41% a R$ 1,713 no mercado interbancário de câmbio. No mês, a divisa acumula alta de 1,24% e no ano, queda de 1,72%. Na BM&F, a moeda encerrou com declínio de 0,41% a R$ 1,7141. O euro comercial subiu 0,80% para R$ 2,384.
Segundo operadores consultados, o sentimento comum é de que, enquanto são esperados os resultados das eleições para presidente do Brasil (31/10) e para o Congresso dos EUA (2/11) e ainda a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sobre o tamanho do afrouxamento quantitativo nos EUA, na próxima quarta-feira (3/11), a cautela deve predominar nas mesas de negociação. Ademais, o governo brasileiro continua observando os acontecimentos externos relacionados ao câmbio e não descarta eventual nova ação, dependendo da intensidade dos estímulos norte-americanos à economia e dos resultados das recentes medidas cambiais adotadas.
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Nos dois leilões de hoje, o Banco Central comprou dólares com taxas de corte de 1,7120 e de R$ 1,7133.
No mercado internacional, o dólar voltou a cair não só pela previsão de aumento no estoque da moeda no mundo, mas também por uma recuperação do euro a partir do indicador de sentimento econômico na zona do euro melhor que o esperado. O índice de sentimento econômico da zona do euro subiu para 104,1 em outubro, de 103,2 em setembro - o quinto mês seguido de alta, segundo a Comissão Europeia. O avanço firme acima de 100,0 sugere que a economia da área vai continuar crescendo nos próximos meses. Também serviu de estímulo à compra de ativos de maior risco, como o euro, a queda de 21 mil no número de novos pedidos de auxílio-desemprego feito nos EUA na semana passada para 434 mil, o menor desde a semana que terminou em 10 de julho.