O dólar voltou a servir de refúgio para os investidores hoje e operou a maior parte do tempo em alta no mercado local. A máxima à vista foi registrada no começo da tarde, de R$ 1,760 (+1,09%) no balcão, e refletiu a frustração dos investidores com o payroll (dados sobre emprego) dos Estados Unidos, em outubro, abaixo do esperado e com a cúpula do G-20. O imbróglio grego também não cessou com a suspensão do referendo sobre o pacote de socorro ao país, porque o Parlamento ainda deve avaliar hoje à noite o voto de confiança no primeiro-ministro, George Papandreou.
Em meio à percepção de que a crise grega e europeia não terá solução rápida, e que a economia fraca dos EUA poderá exigir novos estímulos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), os agentes financeiros acabaram zerando compras do começo do dia e os exportadores apareceram para venda da moeda à tarde. Em consequência, o dólar desacelerou os ganhos intradia e teve um fechamento misto. Apesar da alta volatilidade de preço, os volumes de negócios diminuíram hoje.
O dólar à vista terminou com leve baixa de 0,11%, a R$ 1,7390 no balcão, interrompendo três dias de alta. A mínima, no início da sessão, foi de R$ 1,727 (-0,80%). Na semana, contudo, a moeda acumulou alta de 3,51%.
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O fluxo cambial foi positivo hoje e se refletiu na queda do cupom cambial para 0,27% às 15h45, ante 0,63% no fim dos negócios ontem, informou a tesouraria de um banco.
A emissão externa feita pelo Tesouro Nacional de US$ 1 bilhão em bônus Global 2041 nos mercados europeu e norte-americano hoje não influenciou a formação de preço do dólar. Mas a notícia foi bem recebida no mercado, porque reforça os fundamentos sólidos do País. A captação poderá ser estendida ao mercado asiático em até US$ 100 milhões.
Em Cannes, na França, os líderes do G-20 não garantiram cooperação imediata nem direta com a Linha de Estabilidade Financeira Europeia, embora a Itália tenha concordado que o FMI monitore as reformas fiscais do país.
Nos EUA, houve criação de 80 mil empregos em outubro, abaixo dos 100 mil postos de trabalho esperados pelos economistas. Contudo, a taxa de desemprego norte-americana caiu para 9,0% no mês passado, de 9,1% em setembro e também abaixo da previsão de que ficaria em 9,1%.