O dólar no mercado à vista retomou o sinal positivo na sessão vespertina, após ceder rapidamente à mínima do dia no começo da tarde reagindo a uma discreta melhora do ambiente externo. Diante da expectativa por mais um leilão de compra do Banco Central, mas que só ocorreu nos 20 minutos finais de negócios -, o dólar ficou praticamente engessado à tarde, quando oscilou pouco e ao redor da estabilidade, disse o gerente da mesa de câmbio da Icap Brasil, Italo Abucater. Sem esse leilão à vista, segundo fontes consultadas, o dólar poderia terminar em baixa, já que no mercado futuro o vencimento mais líquido, para março de 2012, está operando no vermelho desde o meio da tarde e seu comportamento costuma influenciar a formação de preço do spot.
No fechamento, o dólar à vista subiu 0,12%, a R$ 1,7080 no balcão, e 0,16%, para R$ 1,7079 na BM&F. A mínima, registrada às 12h47, foi de R$ 1,7050 (-0,06%) e, na máxima, atingiu R$ 1,7150 (+0,53%). No mês, porém, a moeda no balcão acumula queda de 2,12% e, no ano, baixa de 8,61%.
Segundo Abucater, o espaço para a queda ou para a alta da moeda norte-americana ante o real está restrito, de um lado pela promessa do Banco Central de agir para impedir uma valorização indesejada do real e, de outro, pela expectativa de novos ingressos de recursos estrangeiros no mercado, via Investimento Estrangeiro Direto (IED), captação privada ou para aplicações na Bolsa e em renda fixa.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Hoje, segundo fontes, o Banco do Brasil reabriu a emissão de bônus perpétuos realizada em janeiro e registrou uma demanda superior a US$ 4 bilhões. O objetivo seria captar um volume mínimo de US$ 500 milhões e máximo de US$ 750 milhões. A conferir. Os bônus perpétuos foram originalmente emitidos em 12 de janeiro, em montante de US$ 1 bilhão.
No leilão desta segunda-feira, a taxa de corte ficou em R$ 1,7079. Quando o BC "chamou" o leilão, o dólar à vista estava em leve alta de 0,06%, a R$ 1,7070 no Balcão, enquanto que, no mercado futuro, o dólar março 2012 estava em baixa de 0,18%, a R$ 1,7080.