O Relatório de Mercado Focus mostrou estabilidade nas estimativas para o câmbio deste ano. O documento divulgado nesta segunda-feira, 15, pelo Banco Central indicou que a cotação da moeda estará em R$ 3,30 no encerramento de 2016, mesma projeção da semana anterior. Um mês atrás, estava em R$ 3,39. O câmbio médio de 2016 passou de R$ 3,46 para R$ 3,45 - um mês antes, estava em R$ 3,47.
Para o fim de 2017, a mediana seguiu em R$ 3,50 de uma divulgação para a outra - quatro semanas atrás estava em R$ 3,50. Já o câmbio médio de 2017 foi de R$ 3,45 para R$ 3,41 de um levantamento para o outro - estava em R$ 3,46 um mês atrás.
Na semana passada, durante evento em São Paulo, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que a instituição poderá reduzir sua exposição cambial em ritmo compatível com o normal funcionamento dos mercados. Ilan afirmou que é importante reduzir a intervenção, sem falar especificamente nos swaps cambiais. "É importante caminharmos para reformas microeconômicas que reduzam distorções e evitem intervenções demasiadas, aumentando a eficiência do mercado", afirmou.
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Balança comercial
Mesmo com o recuo acumulado do dólar ante o real neste ano, as projeções do mercado financeiro para a balança comercial seguem fortes. Nesta semana, porém, houve leve recuo nas perspectivas para a balança comercial em 2016. Pelo Relatório de Mercado Focus, a estimativa de superávit comercial este ano passou de US$ 50,44 bilhões para US$ 50,00 bilhões. Um mês atrás, estava em US$ 50,52 bilhões. Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2016 ficará em US$ 50 bilhões.
Para 2017, as estimativas no Focus permaneceram foram de US$ 50,00 bilhões para US$ 49,84 bilhões de uma semana para outra - ante US$ 49,94 bilhões de um mês antes.
Contas externas
No caso da conta corrente, as previsões para 2016 continuam com um déficit de US$ 15,00 bilhões, pela oitava edição consecutiva. Para 2017, no entanto, houve uma mudança substancial nas previsões, e para pior. O mercado passou a prever um rombo nas contas externas de US$ 20,00 bilhões, sendo que uma semana antes a projeção era de resultado negativo de US$ 13,00 bilhões. Um mês antes, estava em US$ 19,95 bilhões. Recentemente, o BC informou que no primeiro semestre deste ano o País acumulou déficit na conta corrente de US$ 8,444 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário nos dois anos. A mediana das previsões para o IDP em 2016 permaneceu em US$ 65,00 bilhões de uma semana para a outra - estava em US$ 63,50 bilhões um mês antes.
No primeiro semestre do ano, conforme os dados divulgados pelo BC, o IDP somou US$ 33,816 bilhões. Nas revisões promovidas pelo BC, a perspectiva é de ingresso de US$ 70 bilhões de IDP no País em 2016.
Para 2017, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto permaneceu em US$ 65 bilhões.