Após abrir em alta e no patamar de R$ 1,80, o dólar no mercado à vista desacelerou os ganhos e iniciou à tarde em baixa ante o real, alinhando-se ao comportamento externo da divisa americana. O avanço de preço no começo do dia refletiu o mal-estar causado por declaração do porta-voz do governo da Alemanha de que não haverá, durante a cúpula da União Europeia nesta sexta-feira, decisão sobre eventual ajuda do FMI para a região. Além disso, a Alemanha negou informação que ajudou a animar os mercados ontem, de que poderiam ser combinados recursos dos dois fundos de resgate europeus para socorrer os países da região.
De outro lado, o recuo posterior resultou de fluxo cambial positivo no mercado local, que favoreceu ainda um aumento do volume de negócios. Operadores de bancos e corretoras consultados pela AE atrelaram os ingressos de recursos a vendas de exportadores e possivelmente também à entrada parcial da captação de US$ 2,5 bilhões fechada na semana passada pela Petrobrás.
O dólar à vista fechou com queda de 0,22%, a R$ 1,7910 no balcão - depois da alta de ontem ter interrompido a sequência de perdas acumuladas de 5,29% em sete sessões anteriores. A máxima foi de R$ 1,8030 (+0,45%) e a mínima, de R$ 1,790 (-0,28%). Em dezembro, a perda contabilizada é de 1%, mas no ano a moeda apura valorização de 7,63%. Na BM&F, o dólar à vista encerrou na mínima do dia, cotado a R$ 1,7906, com baixa de 0,12%. Até às 16h26, o giro financeiro registrado na clearing de câmbio da BM&F somava US$ 2,234 bilhões (US$ 2,008 bilhões em D+2) ou 78% superior ao da véspera.