Em uma sessão marcada por volatilidade e fraco volume de negócios, o dólar à vista terminou em baixa pela sexta sessão consecutiva e descolado da alta da moeda norte-americana no exterior. Aqui, a moeda chegou a subir levemente no início da tarde, acompanhando discreta piora dos mercados após rumores de que a Espanha poderia ter seus ratings rebaixados. Como os comentários não se confirmaram, os investidores retomaram as ordens de venda e a divisa dos Estados Unidos retomou o sinal de baixa.
O dólar à vista fechou cotado a R$ 1,7920, com recuo de 0,55% no balcão e de 0,58% na BM&F. Nesses seis dias de perdas, a divisa no balcão recuou 5,08%. No mês, a baixa está em 0,94%, mas no ano a valorização contabilizada é de 7,69%.
O recuo do dólar voltou a atrair importadores à compra e o fluxo cambial foi negativo na sessão, disseram operadores de bancos e corretoras consultados. Segundo o economista Alfredo Barbutti, da Liquidez Corretora, a despeito da persistente baixa do dólar no País, a divisa norte-americana valorizou-se lá fora, reagindo à redução inesperada da taxa de desemprego nos Estados Unidos em novembro, após uma série de indicadores melhores do país divulgados nesta semana. Apesar do número de vagas criadas (120 mil) nos EUA ter ficado pouco abaixo do previsto, os dados, de modo geral, renovaram o ânimo dos investidores em relação à recuperação da economia, disse ele.
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Também a percepção de que não será tarefa simples uma eventual união fiscal na zona do euro, como propõem o presidente da França e a chanceler da Alemanha, e os rumores de que uma agência de classificação de risco poderia rebaixar os ratings da Espanha contribuíram ainda para consolidar a valorização do dólar no mercado externo de moedas.