O dólar comercial subiu pelo segundo dia seguido hoje, mas a alta continuou limitada pelo fluxo de ingresso de moeda no País. Pela manhã, o dólar chegou a avançar com um pouco mais de força ante o real, seguindo o movimento de queda do euro em relação à moeda norte-americana. Esse cenário foi influenciado por novos dados positivos dos Estados Unidos. No fim da sessão à vista, porém, o euro ganhou terreno ante o dólar, o que influenciou a desaceleração dos ganhos do dólar no Brasil.
"Alguns fatores deixam o mercado local sem potencial para sustentar a alta. O fluxo ainda está positivo em meio ao juro elevado no País e isso limita a subida da moeda além de R$ 1,70", explica José Carlos Amado, da Renascença Corretora.
No fechamento das operações no mercado interbancário de câmbio, o dólar comercial subiu 0,18%, para R$ 1,702, Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista teve leve ganho de 0,04% para R$ 1,7006. O euro comercial caiu 0,18% para R$ 2,25. No único leilão realizado hoje, o Banco Central comprou dólares no mercado à vista com taxa de corte de R$ 1,701.
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No âmbito internacional, pesou contra o euro pela manhã as notícias positivas vindas dos EUA. Hoje, o Departamento de Trabalho dos EUA anunciou que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 3 mil. Os economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam alta de 4 mil solicitações. Outro dado favorável ao dólar foi o índice de atividade industrial do Federal Reserve da Filadélfia, que subiu para 24,3 em dezembro, de 22,5 em novembro.