Compras de dólares hoje por um banco estrangeiro no mercado doméstico pressionaram a moeda, que retomou o sinal positivo ante o real após um recuo momentâneo no começo da tarde. Essa movimentação amparou um aumento de operações casadas de dólar à vista com dólar futuro e um fluxo cambial negativo, confirmado pela abertura da taxa do cupom cambial, de -0,31% no fechamento ontem para -0,06% no último negócio até 16h20, informou o gerente da mesa de derivativos de uma corretora.
A alta da moeda norte-americana se deu paralelamente à queda forte da Bovespa em meio à volta de preocupações com o endividamento dos Estados Unidos e vendas de ações por um banco estrangeiro, o rebaixamento de dez instituições financeiras da Alemanha pela Moody''s e o pagamento pelo governo da Espanha de yields recordes desde a implantação do euro, em um leilão de bônus de dez anos.
No fechamento, o dólar à vista subiu 0,45%, a R$ 1,780 no balcão, ampliando a valorização acumulada em três dias para 2,06%. No mês, o ganho aumentou para 5,08% e, no ano, está em 6,97%. Na BM&F, o dólar à vista avançou 0,59%, para R$ 1,7821.
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Nos Estados Unidos, cresce o receio com a possibilidade do chamado "supercomitê" do Congresso, encarregado de apresentar um plano de cortes nos gastos públicos até a próxima quarta-feira, não cumprir essa missão, o que resultaria na adoção automática de um outro plano para reduzir o déficit orçamentário norte-americano.