O dólar comercial caiu 0,36% hoje para R$ 1,679 e fechou no menor valor desde 4 de novembro deste ano, quando estava cotado a R$ 1,676. Foi a sexta sessão consecutiva de baixa do dólar ante o real, período em que acumula uma desvalorização de 2,82%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista também recuou 0,36% hoje para R$ 1,679. O euro comercial registrou queda de 0,93% no dia, para R$ 2,234.
A desaceleração das perdas do euro ante o dólar à tarde justificou a virada para queda do dólar em relação ao real no mercado doméstico, segundo operadores de câmbio de bancos e corretoras consultados pela Agência Estado. "Sem dados relevantes na agenda econômica hoje e diante da fraca cotação de fechamento do dólar na sexta-feira (a R$ 1,6850), os agentes iniciaram o dia ajustando posições compradas, que ampararam a alta inicial da moeda. Contudo, a perda de força do euro à tarde estimulou um aumento da oferta e os preços do dólar aqui retomaram a tendência de queda", disse o gerente da mesa de derivativos da CM Capital Markets, Eduardo Barros. A taxa máxima registrada hoje para o dólar durante as negociações foi de R$ 1,693.
"Além de o euro ter sido debilitado pela desconfiança dos investidores sobre as discussões relacionadas aos planos para dar sustentabilidade a países problemáticos da zona do euro, o dólar ganhou suporte no começo do dia da entrevista ontem à noite do presidente do Fed, Ben Bernanke, ao programa 60 minutos, da rede CBS. Bernanke manifestou seu compromisso de estimular a economia dos EUA. Ele sugeriu que o Fed poderia ampliar o atual programa de flexibilização quantitativa, comprando mais do que os US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro previstos, se for necessário. Normalmente, essas compras exercerem pressão de venda no dólar. No entanto, os investidores aprovaram o fato de o Fed mostrar que não deixará a economia norte-americana fraquejar ainda mais.
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No leilão de hoje, o Banco Central fixou a taxa de corte das propostas em R$ 1,682. A operação, no entanto, não conteve a baixa e as cotações recuaram mais depois. "Com o fluxo cambial pequeno, o BC deve ter adquirido um volume baixo de moeda, que não foi suficiente para limitar as perdas finais", disse um operador de tesouraria de um banco nacional.