O dólar comercial voltou a cair nesta sexta-feira, 8. Às 14h12, a moeda norte-americana operava em baixa de 0,77%, negociada a R$ 1,673 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, o dólar fechou em alta de 0,36%, cotado a R$ 1,686.
Nesta sexta-feira, o mercado de câmbio, que já vem se ajustando nos últimos dias às medidas do governo para tentar estancar a queda do dólar, manteve a cautela na abertura dos negócios. Um dos principais dados do dia - o relatório de emprego dos EUA - veio pior que o esperado. A economia dos Estados Unidos cortou 95 mil empregos em setembro, depois que trabalhadores contratados para o censo deste ano foram desligados e governos estaduais e locais eliminaram vagas. O resultado, divulgado hoje pelo Departamento de Trabalho do país, foi bem inferior ao corte de 10 mil vagas esperado pelos economistas. O setor privado criou apenas 64 mil empregos no mês passado.
Os investidores estão de olho também na reunião do G-7, grupo das nações mais industrializadas do mundo, no fim de semana. Os encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Washington, hoje e no fim de semana, também devem estar no radar dos investidores, que podem restringir os negócios, à espera dos desdobramentos dos debates sobre a suposta guerra cambial no mercado internacional. Os feriados nos Estados Unidos na segunda-feira (Colombo Day) e no Brasil na terça-feira (Dia de Nossa Senhora Aparecida) podem enfraquecer a liquidez na sessão de hoje.
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Dentro do esforço do governo em conter a valorização do real, a partir de hoje está valendo uma nova norma para investidores estrangeiros que migram entre aplicações financeiras no Brasil. De acordo com a Resolução nº 3.912, aprovada em reunião extraordinária do CMN ontem à noite e publicada hoje no Diário Oficial, ficarão sujeitos à "contratação de operações simultâneas de câmbio" estrangeiros que saírem da renda variável e migrarem os recursos para outras aplicações, como a renda fixa.
De acordo com a norma, estrangeiros ficarão sujeitos à nova regra que prevê um Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 4% quando recursos vindos do exterior deixarem aplicações em renda variável - realizadas em Bolsa de Valores ou Bolsa de Mercadorias & Futuros - rumo a outros investimentos financeiros. A regra também vale para estrangeiros que venderem ações adquiridas em ofertas públicas com a intenção de migrar para outros mercados. Desde terça-feira, o capital externo que ingressa no País para aplicações em renda fixa já paga um IOF maior, de 4% - antes, a alíquota era de 2%.