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Londrina

Donos de quiosques veem lado positivo da mudança

Gisele Mendonça - Redação Bonde
16 set 2010 às 11:16

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Os comerciantes de Londrina que tiveram de deixar seus quiosques nas áreas públicas, conforme determinação da Prefeitura, e conseguiram se instalar na mesma região onde já atuavam, estão satisfeitos com o rumo dos negócios - ou pelo menos vislumbram resultados positivos. ''Há males que vêm para bem'' é o ditado lembrado por alguns para definir a situação de desespero e resignação pela qual passaram nos últimos meses.

''Na hora, você não tem consciência e se desespera. Mas depois, coloca a cabeça no travesseiro, e começa a perceber que as coisas podem melhorar, apesar das dificuldades iniciais'', descreve Josoilson Gardiano Guilhen, proprietário da Casa do Suco, cujo quiosque foi derrubado pela Prefeitura no dia 25 de julho. Era um domingo de manhã e, assim como ocorreu com outros comerciantes, o proprietário não conseguiu retirar a mobília a tempo.

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Da esquina da Biblioteca Pública Municipal, o estabelecimento - aberto há 41 anos em Londrina - foi para a Alameda Miguel Blasi (na frente do Hotel Bourbon), num ponto comercial que caiu como uma luva para o negócio. ''Foi muito triste o que aconteceu, mas foi uma revirvolta que veio para o bem'', acredita a mãe de Josoilson, Vera Gardiano Guilhen, que encontrou a sala de 18 metros quadrados para alugar depois de vagar pelo Centro durante dias atrás de um novo ponto comercial.

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A boa localização e o preço do aluguel - compatível com o valor que era pago à Prefeitura pelo quiosque, cerca de R$ 500 - animaram Josoilson, que já havia achado outros pontos não tão centrais e ''muito caros''. Instalado no novo local desde o início desta semana, o comerciante mantém o mesmo cardápio, cujo carro-chefe é a vitamina, além de implantar novidades como salada de frutas, açaí na tigela e sucos incrementados.

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O comerciante afirma ter investido mais de R$ 6 mil nas instalações e acredita que o negócio vai prosperar, já que está melhor estruturado e com mais opções. ''Já tínhamos este projeto de mudança, mas trabalhávamos (no quiosque) com insegurança e era difícil colocar em prática'', conta. Ele espera que grande parte da clientela acompanhará a mudança do estabelecimento, pois o negócio tem tradição e a localização ajuda.


Banca de revista

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Depois de 37 anos na praça da Concha Acústica, José Tito de Souza mudou sua banca de revistas de lugar. Retirada pela Prefeitura no dia 15 de agosto, a Banca Tito foi transferida no dia seguinte para uma sala do Centro Comercial, na frente do antigo ponto. Apesar do susto e da mágoa com a decisão do poder público, o comerciante não reclama dos rumos do seu negócio.


''Tive muita sorte de achar este ponto, aqui perto. A maioria da clientela não me abandonou, a não ser aquele freguês que passava na rua e entrava na banca para comprar um jornal ou alguma outra coisa que via na hora. Destes sim, estou sentindo falta. Isso acaba interferindo no faturamento no final do mês'', afirma. Tito lamenta que alguns colegas donos de outras bancas retiradas não tiveram a mesma sorte, já que não acharam bons pontos comerciais na área central.

Apesar de as despesas com aluguel - e agora também condomínio - terem aumentado mais de cinco vezes, Tito não se desespera. ''Por enquanto, estou conseguindo equilibrar (as contas). Estou contente porque as condições de trabalho estão melhores. Na rua, além da insegurança, era muito quente'', valoriza, resignado. O estado de espírito do comerciante, porém, nem sempre esteve assim. ''Durante meses, não consegui dormir. Ficava imaginando ter de deixar a banca e arrumar outra coisa nessa idade. Agora, sei que não vou parar de trabalhar tão cedo'', conta Tito, 60 anos, que criou dois filhos e conquistou tudo o que tem hoje com o trabalho na banca.


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