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Moratória em Dubai

Economistas analisam chance de nova crise mundial

BBC Brasil
27 nov 2009 às 18:13

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A histeria causada pelo pedido de moratória da principal empresa estatal de Dubai - a Dubai World - é compreensível, mas não se justifica de todo, dizem analistas consultados pela BBC Brasil em Frankfurt, sede da segunda maior bolsa de valores da Europa.

Folker Hellmeyer, economista-chefe do banco Bremer Landesbank, diz que os problemas da Dubai World, que constrói casas de luxo em uma península artificial, já eram conhecidos há tempos.

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"Os problemas atuais se referem à falta de liquidez momentânea de alguns megaprojetos, e não à confiança em geral na potência econômica dos emirados", afirma Hellmeyer.

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O analista Heino Ruland, da Ruland Research, diz que Dubai desencadeou as perdas, mas que não foi a única causa. Segundo ele, o mercado já estava nervoso antes. "Os investidores estão mais cautelosos e conscientes dos problemas de crédito na praça."

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Nervosismo


O fato de que as bolsas nos Estados Unidos estiveram fechadas por causa do feriado de Ação de Graças teria aumentado ainda mais o nervosismo na Europa. A notícia da moratória da estatal do emirado árabe chocou os analistas e provocou perdas nos maiores mercados de ações da Europa.

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O principal motivo é o fato de que o emirado investiu grandes somas de dinheiro em empresas europeias, comprando grandes pacotes de ações nos últimos meses. A insegurança acabou afetando também empresas com acionistas de outros emirados árabes.


Entre as empresas com acionistas nos emirados estão as montadoras Volkswagen e Porsche, na Alemanha, os bancos Barclays e HSBC, na Grã-Bretanha, e UBS e Credit Suisse, na Suíça.

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Outro problema é que Dubai tem grandes dívidas com os principais bancos europeus. Segundo o Credit Suisse, esse montante giraria em torno de US$ 40 bilhões.


"O mercado foi pego de surpresa, pois esperava o pagamento pontual de US$ 3,5 milhões", diz o analista de ações Eckhart Woertz, do Centro de Pesquisas do Golfo. Isso abalou a confiança nos investidores do Golfo Pérsico.


Em várias ocasiões, os xeques dos emirados árabes foram vistos como os salvadores de empresas europeias, investindo e comprando ações em meio à crise financeira mundial.

Investidores do emirado compraram, por exemplo, um pacote com 9,1% das ações da montadora alemã Daimler meses atrás, quando a empresa precisava urgentemente de capital. Agora, "o conto das mil e uma noites acabou", segundo a versão alemã do jornal Financial Times.


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