Os Procons de todo o país vão priorizar neste ano a educação como principal ferramenta para a prevenção de danos e a defesa dos consumidores. Inicialmente, os órgãos e as entidades do sistema nacional de defesa do consumidor vão capacitar multiplicadores para que não apenas resolvam problemas relacionados ao consumo, mas também para educar o cidadão.
A decisão foi tomada por Procons, Ministérios Públicos, Defensorias Públicas e entidades da sociedade civil, ao participarem da 52ª Reunião do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), realizada recentemente em Brasília.
O diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, Ricardo Morishita, acredita que capacitando os técnicos do Procons, o governo estará trabalhando indiretamente com os consumidores.
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Para a organização não-governamental de consumo consciente Akatu, o consumidor não é um agente passivo, mas uma pessoa que tem um poder de cidadania, de impactar com o seu consumo a vida de toda a sociedade.
Por isso, na opinião do Gerente de Projetos Especiais do Instituto Akatu, Aron Belinky, é preciso educar o consumidor não apenas para que ele se sinta seguro na hora de comprar e reclamar das empresas, mas para melhorar a sua relação com o próprio consumo.
Belinky acredita que a mudança de paradigma no atendimento feito pelos Procons é fundamental, já que esses órgãos também atuariam como agentes educadores por excelência nas questões de consumo.
"É nesse sentido que esse tipo de educação deve funcionar e aproveitar uma oportunidade que existe, a oportunidade de você colocar essa rede poderosa que são os Procons, apoiando a educação do consumidor, apoiando um consumo que seja mais cidadão e mais voltado à sustentabilidade, à sociedade como um todo, à questão da preservação ambiental". (Agência Brasil)