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No Mato Grosso

Egito embarga carne da Friboi por caso de vaca louca

Agência Brasil
09 mai 2014 às 15:08

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O Egito decidiu embargar por 180 dias a carne bovina de Mato Grosso, após a descoberta de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da vaca louca, em uma unidade do Frigorífico JBS/Friboi em Mato Grosso. A informação foi confirmada nesta sexta (9) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

As compras do Egito representam 9,62% do total das exportações de carne brasileira. No ano passado, o estado do Mato Grosso foi responsável por 53,8 mil toneladas de exportações de carne do total de 144,7 mil toneladas exportadas por todo o país.

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Ontem (9), o ministério também confirmou o embargo temporário de 180 dias pelo Peru. No caso desse país, o embargo é válido para carne oriunda de todo Brasil, diferentemente do Egito que restringiu restringiu apenas a entrada de produtos de Mato Grosso.

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No último dia 2, o Ministério da Agricultura informou ter recebido do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal a confirmação da doença, mas ainda falta saber se é um caso atípico ou um caso clássico. O ministério espera receber o diagnóstico do laboratório ainda hoje ou na próxima segunda-feira.

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Exames realizados no Laboratório Nacional Agropecuário de Pernambuco concluíram que é um caso atípico, quando a doença surge de forma esporádica e espontânea e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. O caso clássico, o mais perigoso, envolve contaminação por intoxicação alimentar e, segundo o ministério, não há indícios de que isso tenha ocorrido.


Para confirmar que o caso é atípico, foram identificados 49 animais nascidos um ano antes e um ano depois do registro do caso da vaca louca. Todas as amostras deram negativo para a doença. O resultado faz o ministério acreditar que a vaca contraiu a doença por velhice e não por intoxicação.

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Segundo o JBS/Friboi, a carne não chegou a entrar no mercado de consumo. A doença da vaca louca é causada por uma proteína chamada príon, que pode ser transmitida a bovinos e caprinos quando alimentados com ração de farinha contendo carne e ossos de animais contaminados. Além de causar a morte dos animais, a doença pode infectar seres humanos.


No ano passado, após a confirmação de um caso de doença da vaca louca em um animal morto em 2010 em Sertanópolis (PR), vários países suspenderam a compra da carne brasileira, embora também se tratasse de EEB atípica.

A OIE não alterou a classificação de risco do Brasil para a doença, que continua insignificante. Os países que deixaram de comprar carne foram o Japão, a China, o Peru, o Líbano, a Coreia do Sul, Arábia Saudita, África do Sul, Ilha de Taiwan, a Jordânia e o Chile.


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