A semana no mercado financeiro terminou bem diferente do que se viu no início. O entusiasmo com o bilionário pacote de ajuda anunciado pela União Europeia, na madrugada de segunda-feira, foi trocado pelas incertezas e pelo medo de recessão. Essa mudança de sentimento levou hoje as bolsas a fecharem em forte queda em todo o mundo.
No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o dia em queda de 2,12%, aos 63.412,47 pontos. Na pontuação mínima durante a sessão, a Bolsa atingiu 63.050 pontos (queda de 2,68%) e, na máxima, 64.787 pontos (estável). Na semana, o índice Bovespa (Ibovespa) subiu 0,86% e, no mês, recuou 6,10%. No acumulado de 2010, a queda é de 7,55%. O giro financeiro de hoje totalizou R$ 6,332 bilhões. Os dados são preliminares.
Hoje, os investidores tiveram que digerir a notícia de que a França poderia abandonar a zona do euro e que a Espanha registrou sua primeira deflação desde 1986. Além disso, a Grécia pode não conseguir superar seus problemas, o que coloca em dúvida o pacote de ajuda oferecido ao país. Tudo isso fez com que a avaliação fosse a de que o fundo de quase US$ 1 trilhão que a União Europeia (UE) colocou à disposição dos países da zona do euro será insuficiente para conter o crise e que a região vai mesmo embarcar numa recessão. Na Europa, as bolsas superaram os 3% de perdas, sendo que a Bolsa de Madri recuou 6,64%.
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No Brasil, as ações da Petrobras registraram perda contida durante todo o dia e passaram a subir a poucos minutos do fim da sessão. Ainda hoje, a estatal divulga seu resultado no primeiro trimestre. As ações ordinárias da Petrobras fecharam em alta de 0,38%, enquanto as preferenciais avançaram 0,30%. Vale ON recuou 2,96% e Vale PNA teve baixa de 3%.